EQUIPE CINE SET – MELHOR FILME DE 2012

1 – A Separação – 93 pontos

2 – O Artista – 48 pontos

3 – Xingu – 33 pontos

4 – Precisamos Falar Sobre Kevin – 28 pontos

5 – 007 – Operação Skyfall – 24 pontos

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Caio Pimenta

1 – O Artista

2 – A Separação

3 – Precisamos Falar Sobre Kevin

4 – 007 – Operação Skyfall

5 – Heleno

6 – Os Intocáveis

7 – Xingu

8 – Os Descendentes

9 – O Impossível

10 – Moonrise Kingdom

Comentário

Críticos de cinema também se utilizam de clichês. O maior de todos é reclamar da safra de filmes do ano que termina. 2012, porém, pode fazer com que os profissionais da área consigam fugir do batido assunto.

A lista acima comprova o ótimo ano que tivemos nos cinemas. Se não chegou a ser maravilhoso, também passou longe de desastre. Para melhorar, tivemos ótimos longas de várias partes do mundo. Só no meu TOP 10, tem dois brasileiros, um francês e um iraniano.

O pódio é nada mais do que justo para as três produções mais impactantes do ano. Em seguida, a minha felicidade em ver James Bond de volta ao topo após um “Quantum of Solace” morno. Para encerrar,  temos Wes Anderson voltando à velha de filmes como “Três é Demais” e “Tenenbaums”.

Ainda tive que deixar de fora tantos ótimos filmes que vale a homenagem aqui: “Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres”, “As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne”, “A Invenção de Hugo Cabret”, “Drive”, “Jogos Vorazes”, “Os Vingadores”, “MIB 3”, “Habemus Papam”, “À Beira do Caminho”, “Um Divã Para Dois”, “Shame”, “Cosmópolis”, “Procura-Se um Amigo Para o Fim do Mundo”, “Ted”, “Looper”, “Magic Mike”, A Música Segundo Tom Jobim”, “Os Infratores”, “As Aventuras de Pi”, “Pina” e “Holy Motors” (em negrito, os melhores).

Tchau, 2012!

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César Nogueira

1 – A Separação

2 – Um Alguém Apaixonado

3 – O Artista

4 – Xingu

5 – Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

6 – Na Estrada

7 – Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

8 – À Beira do Caminho

9 – O Riso dos Outros

10 – Os Intocáveis

Comentário

Tivemos a felicidade de ter uma boa safra de filmes este ano. O Irã, vedete do cinema dos anos 90, mostrou, em 2012, o espetáculo que é sua produção em “A Separação” e “Um Alguém Apaixonado”. Este pode ser ambientado no Japão e feito com dinheiro francês, mas sua essência vem do diretor, Abbas Kiarostami. Os dois filmes são igualmente belos, profundos e apaixonantes. O vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano ficou em primeiro porque é mais acessível e tem mais prêmios (por enquanto) na bagagem.

“O Artista” veio em uma hora de crise de identidade para o cinema. Por reforçar a beleza e “magia” da arte com atuações firmes de Jean Dujardin, Bérénice Bejo e do cachorrinho Uggie, ele merece todo o reconhecimento adquirido.

Pode-se contestar com tranquilidade a afirmação de que “Xingu” é o melhor filme nacional do ano. Mesmo assim, o filme de Cao Hamburger representa o nosso cinema na minha parte da lista por resgatar um capitulo importante da nossa história com um grande nível de produção e de narrativa. Sem esquecer, claro, a atuação de João Miguel.

“O Cavaleiro das Trevas Ressurge” foi, para mim, o melhor filme de super-heróis do ano. Isso porque, além das suas qualidades na direção, ele encerra com dignidade uma trilogia que ressuscitou o Homem Morcego.

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Diego Bauer

1 – A Separação

2 – As Aventuras de Pi

3 – Holy Motors

4 – Precisamos Falar Sobre o Kevin

5 – Tão Forte e Tão Perto

6 – O Hobbit – Uma Jornada Inesperada

7 – A Invenção de Hugo Cabret

8 – Na Estrada

9 – Deus da Carnificina

10 – Millennium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

Comentário

A Separação, de Asghar Farhadi é a prova de que filmes não precisam ser mirabolantes se quiserem ser grandiosos. Um roteiro muito bem escrito, com ótimas interpretações e uma direção não menos que brilhante garantem um resultado memorável, como é o filme iraniano. Um trabalho fora de série, e o melhor filme do ano.

Pena que só pude ver As Aventuras de Pi muito recentemente, pois seria obrigatória a inclusão de Ang Lee na lista de melhores diretores. O filme, além de ser o mais visualmente belo do ano, é sensível, profundo, tem uma excelente história, e só melhora no seu decorrer e depois da sua projeção. Brilhante.

Leos Carax desconstroi a linha narrativa da sua história, nos tira o chão quando tentamos estabelecer um sentido para o que vemos, e ainda faz uma crítica ao cinema de hoje. Holy Motors é isso, mais uma atuação fenomenal de Denis Lavant, e mais uma série de fatores que não conseguiria colocar em poucas palavras.

Um filme amargo, duro, desagradável. Precisamos Falar Sobre o Kevin além disso é corajoso ao colocar em voga a questão do amor de mãe, e questionar a natureza das pessoas. Ainda por cima conta com atuações excelentes de Tilda Swinton e Ezra Miller.

Confesso que não entendi o motivo de Tão Forte e Tão Perto ter sido tão malhado no seu lançamento, quando era falado que ele era um filme manipulador, e que queria obrigar as pessoas a chorar. Discordo completamente. O trabalho de Stephen Daldry é muito bem conduzido, e conta uma história sensível, cheia de ricos detalhes, que fazem com que as lágrimas venham de maneira completamente orgânica e verdadeira. Com certeza um dos melhores do ano.

Não podia esquecer do filme mais divertido da série O Senhor dos Anéis, O Hobbit; o invejável apuro técnico de Martin Scorsese em A Invenção de Hugo Cabret; a poesia e libertadora atmosfera brilhantemente conduzida por Walter Salles em Na Estrada; o delicioso sarcasmo, muito bem conduzido pelo mestre Roman Polanski e o seu excepcional elenco em Deus da Carnificina; e a admirável capacidade de David Fincher em contar boas histórias, e desenvolver com precisão ótimos personagens em Millennium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres.

Graças a um acordo que fizemos, concordamos em deixar de fora da lista filmes que vimos no Amazonas Film Festival. Mas vale a pena falar sobre longas como Compliance, Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, The Angels Share e The Other Son, que poderiam tranquilamente estar na lista. Também preciso citar o documentário O Riso dos Outros, um belíssimo trabalho que discute o polêmico assunto dos limites do humor.

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Renildo Rodrigues

1 – A Separação

2 – Drive

3 – Xingu

4 – 007 – Operação Skyfall

5 – Jovens Adultos

6 – O Artista

7 – Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

8 – A Invenção de Hugo Cabret

9 – Paraísos Artificiais

10 – Precisamos Falar sobre o Kevin

Comentário

Enfim! A lista que todos nós aqui no Cine Set estávamos ansiosos para escrever! E é com grande satisfação que, para fazê-la, reuni filmes dos mais diversos gêneros e nacionalidades.

Sim, o ano do cinema foi bastante rico em 2012. Começou com os habituais candidatos ao Oscar, dentre os quais o belo Os Descendentes e o eletrizante Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Deles, os mais bem-sucedidos foram mesmo O Artista – a surpresa do ano, com sua encantadora recriação do cinema mudo, em preto-e-branco e ambientada no auge do gênero, os anos 1920 – e A Separação, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Merecidíssimo – mas não só isso.

A Separação é o melhor filme de 2012. Com sua trama ao mesmo tempo simples e complexa, repleta de detalhes que instigam segundas, terceiras e ainda outras tantas olhadas, a obra do iraniano Asghar Farhadi compõe um retrato pungente de problemas que, mesmo em culturas aparentemente tão alheias à nossa, ainda continuam perenes e universais.

No Brasil, o destaque foi Xingu, a brilhante versão do diretor Cao Hamburger para a aventura dos irmãos Villas-Bôas, pioneiros na exploração do meio-oeste brasileiro na década de 1950. Abordando questões que continuam importantes até hoje – como, por exemplo, a forma que o brasileiro vê e trata seu país e seus habitantes originais, os índios – Xingu alia à reflexão uma grande fluência e senso de entretenimento. É vergonhoso – e talvez sintomático – que o público brasileiro tenha ignorado a obra. Outro trabalho que fez de 2012 um ótimo ano para o nosso cinema é Paraísos Artificiais. História de amor das mais originais e interessantes, o filme de Marcos Prado examina a busca da juventude por prazer e conhecimento – mesmo que esta se dê por vias perigosas e ilegais.

O cinema americano acabou tendo forte presença em minha lista, não só por causa de sua produtividade e penetração, mas também pelo grande momento que os filmes de ação experimentam no país. Três exemplos – o extraordinário Drive, do dinamarquês Nicolas Winding Refn, filme que resgata os heróis misteriosos e brutais celebrizados por John Wayne e Clint Eastwood; 007 – Operação Skyfall, que funciona como um novo começo para a franquia do agente mais famoso do cinema, trazendo também o seu vilão mais memorável; e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o encerramento digno da trilogia de Christopher Nolan, uma das mais ambiciosas e intrigantes do cinema recente.

Também houve espaço para a homenagem do veterano Martin Scorsese ao cinema (A Invenção de Hugo Cabret) – poucas coisas são mais emocionantes para um cinéfilo do que ver títulos esquecidos como O Grande Assalto ao Trem e Viagem à Lua na tela grande; Precisamos Falar sobre o Kevin, brilhante estudo de personagem, que tem na interpretação de Tilda Swinton o seu ponto alto; e Jovens Adultos – o melhor filme que ninguém viu em 2012. Com a grande atuação de Charlize Theron conduzindo a história de uma mulher arrogante e imatura, o diretor Jason Reitman conseguiu igualar – se não superar – o nível obtido em Amor sem Escalas. Assim como aconteceu com Xingu, porém, o público não quis ver – o que pode ser mais do que mero desinteresse.

Mais filmes que merecem a lembrança: Cavalo de Guerra, homenagem sincera e abertamente sentimental de Steven Spielberg ao cinema clássico americano; O Espião que Sabia Demais, envolvente história de espiões sem socos ou tiros, com uma atuação extraordinária de Gary Oldman; o comovente Histórias Cruzadas, com outra atuação magistral, dessa vez de Viola Davis; J. Edgar e A Dama de Ferro, duas cinebiografias frustrantes de grandes personagens do século passado (J. Edgar Hoover, o fundador e todo-poderoso do FBI; e Margaret Thatcher, a única primeira-ministra na história da Inglaterra), que valem pelas atuações de Leonardo DiCaprio e Meryl Streep; Shame, a melhor performance do melhor ator de 2012, Michael Fassbender; os filmes de super-heróis Os Vingadores e O Espetacular Homem-Aranha; o poético On the Road – Na Estrada, do brasileiro Walter Salles, e Febre do Rato, de Cláudio Assis. Há vários outros bons filmes, mas, com esses 22 que citei, dá pra conhecer um pouco do que de melhor foi feito em 2012.

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Como Funciona nosso Sistema Para o Resultado Final

Cada um dos quatro críticos do Cine SET elegem o seu `TOP 10`.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!