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MELHOR FILME DO ANO PELO CINE SET
  1. Boyhood: Da Infância à Juventude – 129 pontos
  2. Ela – 108 pontos
  3. O Lobo de Wall Street – 70 pontos
  4. Garota Exemplar – 44 pontos
  5. 12 Anos de Escravidão – 43 pontos

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Caio Pimenta
  1. Ela
  2. Relatos Selvagens
  3. Boyhood – Da Infância à Juventude
  4. O Lobo Atrás da Porta
  5. 12 Anos de Escravidão
  6. X-Men – Dias de um Futuro Esquecido
  7. O Lobo de Wall Street
  8. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
  9. Nebraska
  10. O Grande Hotel Budapeste

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Spike Jonze consegue fazer um estudo sobre os relacionamentos amorosos, a solidão do homem moderno e a necessidade de se sentir amado. “Ela” é um filme essencial para entender o mundo atual. O argentino “Relatos Selvagens” não perde o fôlego por um único segundo e cria uma das mais interessantes experiências cinematográficas de 2014. Outro momento marcante é ver a passagem do tempo em “Boyhood” e como Richard Linklater encontra o extraordinário no banal.

“O Lobo Atrás da Porta” deve ser descoberto por mais gente, enquanto “12 Anos de Escravidão” mereceu o Oscar de Melhor Filme. “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” consegue manter o nível da série ao brincar com o passado de forma criativa. Martin Scorsese traz o melhor filme da carreira desde “Os Bons Companheiros” com Leonardo DiCaprio insano em “O Lobo de Wall Street”.

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” se tornou a grande surpresa do cinema brasileiro, “Nebraska” e  “O Grande Hotel Budapeste” mostram a maturidade de dois grandes diretores do cinema americano: Alexander Payne e Wes Anderson, respectivamente.

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Diego Bauer 
  1. Boyhood: Da Infância à Juventude
  2. 12 Anos de Escravidão
  3. O Passado
  4. Inside Llewyn Davis: Balada de Um Homem Comum
  5. Garota Exemplar
  6. Nebraska
  7. Amantes Eternos
  8. O Lobo de Wall Street
  9. Sob a Pele
  10. Pelo Malo

Comentários

Menções honrosas: O Grande Hotel Budapeste, Ela, O Homem Duplicado, Ninfomaníaca: Volume II, O Abutre, O Lobo Atrás da Porta, Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1, Fruitvale Station – A Última Parada, Clube de Compras Dallas, Até o Fim, Homem Mais Procurado, Expresso do Amanhã.

Não tenho dúvidas de que Boyhood é um filme para sempre. Obra-prima. 12 Anos de Escravidão representa o máximo que uma super produção pode alcançar. Forte, contundente, sem deixar de ser informativo. “O Passado” é mais um filme certeiro do mestre Farhadi. Daqueles para ver várias vezes.

Os Coen mais uma vez mostram que estão entre os maiores, com mais um daqueles filmes pra ver de joelhos. “Garota Exemplar” é o mais loucão do ano. E Fincher em plena forma. Payne mostra, mais uma vez, que é um autor, em mais um filme sofisticadíssimo, que tem como maior mérito sua simplicidade.

“Amantes Eternos” é o nada mais delicioso, charmoso e apaixonante do ano. “O Lobo de Wall Street” é o mais cheirado do ano, cinema da melhor qualidade, com Scorsese e DiCaprio em grande forma. Estranho, difícil de entender, mas “Sob a Pele” representa uma das experiências artísticas mais fortes do ano.

Mi limon, mi limonero. Entero me gusta más. Un inglês dijo yeah, yeah, yeah, yeah. Y un francés dijo oh lalá.

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Gabriel Oliveira
  1. Ela
  2. Boyhood – Da Infância à Juventude
  3. O Lobo de Wall Street
  4. Garota Exemplar
  5. O Grande Hotel Budapeste
  6. 12 Anos de Escravidão
  7. Amantes Eternos
  8. O Homem Duplicado
  9. Pelo Malo
  10. Guardiões da Galáxia

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Eita escolha difícil! Devo admitir, antes de tudo, a ausência de obras mais “exóticas”, de circuitos de festivais mundo afora, seja da Europa ou da América da Sul. Primeiro, vale lembrar que os cinemas de Manaus não colaboram muito nesse sentido (ainda não sei se Relatos Selvagens valia a pena estar nesse ranking, por exemplo), e, em segundo lugar, por outros compromissos (diga-se faculdade, TCC e trabalho) acabei não tendo tanto tempo pra caçar esses e tantos outros filmes.

Além disso, optei por incluir no meu “top 10” obras que de alguma forma mexeram comigo, o que explica a ausência de filmes que acabaram aparecendo no ranking de diretores. Mesmo assim, não deixa de ser uma boa safra: os quatro primeiros, de cara, se destacam por trazer à tona boas histórias, aliadas com técnica impecável e uma importante conexão com o espectador. Ela é um longa que faz sentir e pensar, e deixa aquele sorriso misturado a um gosto agridoce no final. Boyhood – Da Infância à Juventude, por outro lado, desperta antigas memórias, por mais diferente que seja o contexto de um adolescente norte-americano e o de um brasileiro. Graças à obra de Linklater, (re)descobrimos que o poder das pequenas experiências e dos momentos cotidianos é maior do que o dos “grandes momentos” da vida.

O Lobo de Wall Street e Garota Exemplar são obras que bem refletem o que o mundo ficcional pode nos proporcionar como experiência artística. No longa de Martin Scorsese, a história do vigarista Jordan Belfort é contada num ritmo agitado que contagia o público e faz com que três horas de duração passem rápido. David Fincher, por sua vez, prefere brincar com o espectador e mostrar, de maneira assombrosa, sobre como podemos afetar um ao outro dentro da relação matrimonial.

Enquanto O Grande Hotel Budapeste encanta com seu mundo de cores que vão ficando opacas com o passar do anos e o sempre inusitado universo comandado por Wes Anderson, 12 Anos de Escravidão é aquele necessário toque na ferida da história de horrores da escravidão norte-americana – e que também faz pensar sobre a nossa própria história. Do passado para a atualidade, a intolerância e os fragmentos de um país despedaçado são a tônica do corajoso venezuelano Pelo Malo.

Amantes Eternos, além de um conto de amor imortal, joga à luz a visão de Jim Jarmusch sobre a arte em tempos voláteis, e O Homem Duplicado cumpre esse próprio papel de arte desafiadora, como aquele tipo de filme que exige revisitas que certamente valerão a pena. Por fim, o filme mais divertido do ano é Guardiões da Galáxia, que prova que ainda é possível fazer um entretenimento de qualidade, por mais desgastada que pareça a Hollywood de hoje em dia.

Para concluir, entre as menções honrosas, estão, em ordem alfabética: The Babadook, Clube de Compras Dallas, Como Treinar Seu Dragão 2, O Congresso Futurista, Expresso do Amanhã, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, Ida, Inside Llweyn Davis: Balada de Um Homem Comum, Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1, O Lobo Atrás da Porta, Locke, O Menino e o Mundo, Nebraska, O Passado, Praia do Futuro, Quando Eu Era Vivo, Sob a Pele e X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido.

E que venha 2015 e mais um punhado de filmes bons pela frente!

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Ivanildo Pereira
  1. Boyhood: Da Infância à Juventude
  2. O Lobo de Wall Street
  3. Ela
  4. Garota Exemplar
  5. O Grande Hotel Budapeste
  6. Nebraska
  7. 12 Anos de Escravidão
  8. Ida
  9. Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum
  10. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

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Estes são meus 10 filmes favoritos lançados em 2014. Nem todos eu tive a oportunidade de ver nos cinemas – para dizer a verdade, apenas quatro deles vi na tela grande, um problema crônico da minha cidade. Apesar disso, são histórias pessoais, tocantes, divertidas e especiais que representam momentos inesquecíveis do cinema neste ano que passou. O primeiro lugar, então, é o mais especial: um projeto diferente sobre o assunto mais simples, complexo e fascinante de todos, a vida.

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Renildo Rodrigues
  1. Ela
  2. Boyhood – Da Infância à Juventude
  3. O Lobo de Wall Street
  4. Vidas ao Vento
  5. Garota Exemplar
  6. Pelo Malo
  7. O Grande Hotel Budapeste
  8. Praia do Futuro
  9. Ninfomaníaca
  10. 12 Anos de Escravidão

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Enfim, chegamos ao grande momento da semana: eleger os filmes que vieram para ficar em 2014.

Se, por um lado, fica injusto colocar o esforço investido na produção de “Boyhood – Da Infância à Juventude” como um valor em si (seus 10 anos de filmagem o tornam um artefato único no cinema), o fato é que a obra de Richard Linklater não é só uma experiência curiosa, mas um dos filmes mais sublimes já feitos sobre a experiência de crescer.

Mas o melhor filme de 2014 tinha mesmo de ser “Ela”. A visão, entre poética e desiludida, de Spike Jonze sobre relacionamentos virtuais tem a dosagem exata de razão e emoção, a ambientação ideal, o elenco perfeito, até a melhor música do cinema em 2014… aquele conjunto indefinível que caracteriza a grandeza, o status de “clássico”, que faz os filmes que resistem ao tempo.

Também tivemos a surpreendente volta de Martin Scorsese à melhor forma, criando, em “O Lobo Wall Street”, uma espécie de terceiro capítulo para a trilogia formada pelos magníficos “Os Bons Companheiros” (1990) e “Cassino” (1995), adjetivo do qual este filme também é merecedor.

“Vidas ao Vento” traz um brilho crepuscular à carreira de Hayao Miyazaki, animador japonês que pode ser considerado, fácil, um dos maiores mestres dessa arte em todos os tempos. Sua obra final é uma meditação sobre o preço cobrado pela paixão, que leva o projetista de aviões Jiro Horikoshi a abdicar da própria vida para criar mais e melhores máquinas de voar. Com traços de beleza sem igual, o filme é a obra mais poética do cinema em 2014.

“Garota Exemplar”, de David Fincher, “Pelo Malo”, de Mariana Rondón, e “Ninfomaníaca”, de Lars Von Trier, são perturbadores estudos de personagem, obras que questionam a propensão humana à crueldade, com roteiros incisivos e atuações impecáveis. Já em “O Grande Hotel Budapeste”, Wes Anderson faz uma elegia a um tempo de requinte e beleza, que a ação humana tratou de macular, e depois, de destruir.

Por fim, o melhor filme brasileiro do ano: “Praia do Futuro”. A delicada trama sobre identidade une Wagner Moura e Jesuíta Barbosa, dois dos melhores atores brasileiros em atividade, à procura de si mesmos em Berlim, a capital alemã que foi símbolo da divisão europeia durante a Guerra Fria. Um material difícil, tratado com mão de mestre por Karim Aïnouz, um dos melhores (e mais subestimados) diretores brasileiros da atualidade.

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Susy Freitas
  1. Boyhood – Da Infância à Juventude
  2. Ela
  3. Instinto Materno
  4. O Lobo de Wall Street
  5. O Grande Hotel Budapeste
  6. O Congresso Futurista
  7. Sob a Pele
  8. Ida
  9. Amantes Eternos
  10. Oslo, 31 de Agosto

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Contrariando o ditado que diz que “toda unanimidade é burra”, Boyhood – Da Infância à Juventude lidera mais essa lista de melhores do ano. Ovacionado por todas as publicações especializadas, o filme de fato carrega todas as características, técnicas e artísticas, que o colocam nessa posição.

O ousado projeto de Linklater é seguido por retratos impactantes das possibilidades da interação homem-ciência-tecnologia: Ela e O Congresso Futurista. Ambos provam que o fator humano é sempre um quesito chave para que os filmes toquem o público, apesar de o apelo inicial de obras de pegada sci-fi sempre recair, em primeira vista, no que o mundo da ficção trará de diferente, e não de comum com aquele em que vivemos hoje.

Dentre os filmes cujo impacto visual é essencial para contar a história, temos Sob a Pele e O Grande Hotel Budapeste. A criação de uma atmosfera específica como guia para a narrativa pode ser uma armadilha para alguns diretores (Atom Egoyan que o diga!), mas Anderson e Glazer triunfaram nesse quesito em 2014.

Na contramão desse rigor estético, temos os sensíveis Instinto Materno, Oslo, 31 de Agosto e Ida que, embora também sejam visualmente belos, permitem aos dramas pessoais dos personagens o peso das situações-limite impostas a eles (no caso do primeiro, o que uma mãe é capaz de fazer para proteger seu filho; no segundo, como um ex-viciado pode retomar a vida após finalizar seu tratamento; e, no terceiro, a descoberta sobre o passado da família judia durante a Segunda Guerra).

Completando a lista, duas excelentes obras de diretores aclamados (um como clássico americano, outro como clássico cult): O Lobo de Wall Street, mostrando Scorsese em sua melhor forma, e Amantes Eternos, com o qual Jarmusch devolveu a dignidade dos vampiros desse começo de século XXI.

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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:

Cada um dos cinco críticos do Cine SET elegem o seu ‘TOP 10′. Critério leva em conta filmes lançados no circuito comercial do Brasil entre 1o de Janeiro e 31 de Dezembro de 2014.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!