MELHOR FILME
- Parasita – 225 PONTOS
- Bacurau – 154 PONTOS
- O Irlandês – 130 PONTOS
- Era uma vez em Hollywood – 81 PONTOS
- Assunto de Família e História de um Casamento – 66 PONTOS
ANA SENA
- O Irlandês
- Assunto de Família
- Parasita
- Dois Papas
- Coringa
- Ford vs Ferrari
- Nós
- Greta
- Ad Astra
- Papicha
COMENTÁRIO
Difícil escolher alguns filmes desta lista, mas selecionei pelas obras que mais marcaram meu 2019 e que devem seguir em minha memória cinéfila ao longo dos anos. O Irlandês é a obra de despedida de Scorsese do mundo da máfia, é a conclusão de um trabalho de anos e é um filme grandioso em sua essência. Assuntos de família me tocou profundamente pelo teor familiar, de laços humanos e de crítica social, essa última até mais leve que Parasita, um filme necessário e brutal em seu contexto geral. Dois Papas mexe intimamente com minha alma cristã e é uma obra irreverente. Coringa e Ford Vs Ferrari são obras grandiosas, assim como Ad Astra e Nós. Papicha e Greta me marcaram pelo contexto de crítica social, discurso de empoderamento e uma ode aos marginalizados, por isso entram nessa lista com louvor.
CAIO PIMENTA
- Era uma vez em Hollywood
- O Irlandês
- A Vida Invisível
- Clímax
- Bacurau
- Dor e Glória
- Parasita
- Nós
- Coringa
- Democracia em Vertigem
COMENTÁRIO
Poderia dizer para a minha filha e netos que vi mestres como Tarantino e Scorsese realizando, talvez, suas obras-primas. Com propostas narrativas antagônicas, “A Vida Invisível” e “Clímax” constroem espirais sufocantes de tensão, impossíveis de fazer o público sair indiferente deles. Impressiona as capacidades de “Bacurau” e “Parasita” serem amálgamas de gêneros de formas tão uniformes em discursos potentes dentro de entretenimentos de primeira. “Dor e Glória” é o melhor Almodóvar desde “Fale com Ela”. Suficiente, não? “Nós” e “Coringa” provam como o cinemão americano pode sim ter cérebro. E por fim, Petra Costa faz um comovente e importante retato da crise política brasileira.
CAMILA HENRIQUES
- Bacurau
- Parasita
- Nós
- O Irlandês
- A Vida Invisível
- História de Um Casamento
- Fora de Série
- Dor e Glória
- A Favorita
- Guerra Fria
COMENTÁRIO
“Você já viu Bacurau?” provavelmente foi uma das perguntas mais feitas no ano. Difícil ignorar o fenômeno cultural que se tornou o filme de Kleber Mendonça Filho, certamente potencializado pelo momento político do Brasil. O segundo e o terceiro lugar da lista também tecem críticas às suas respectivas sociedades, mas, assim como “Bacurau”, trazem linguagens tão universais que já os colocaram nas listas de clássicos instantâneos do cinema. Tive a sorte de ver “O Irlandês” no cinema, e posso dizer que foi uma das minhas experiências mais felizes dentro de uma sala, por tudo o que o filme representa e também pela felicidade que é ver Martin Scorsese, Thelma Schoonmaker e esse elenco maravilhoso ainda dando tudo de si pela sétima arte. “A Vida Invisível” e “Dor e Glória” foram melodramas deliciosos de se assistir, enquanto “História de Um Casamento” mostrou ser algo além do que um novo “Kramer vs. Kramer”. “Fora de Série” chegou pra fazer companhia a “Missão Madrinha de Casamento” na estante de filmes pra fazer rir até a mais sisuda das pessoas, e “A Favorita” e “Guerra Fria” representam com louvor a turma do Oscar 2019.
DANILO AREOSA
- Parasita
- Amanda
- O Irlandês
- Assunto de Família
- Dor e Glória
- Era Uma Vez…em Hollywood
- Fé Corrompida
- Ad Astra
- Bacurau
- História de um Casamento
COMENTÁRIO
Menções Honrosas: Graças a Deus, Nós; Anos 90; No Portal da Eternidade; Deslembro; A Mula.
Achei 2019 um belo ano de grandes filmes. Parasita foi o espírito do tempo cinematográfico do ano, o reflexo do mal-estar da civilização capitalista e suas desigualdades sociais. Amanda foi o cinema no seu estado mais humano, uma pequena aula sobre a resistência do ser humano frente às adversidades da vida. O Irlandês foi o épico mafioso sobre a transformação indelével do tempo. Assunto de Família foi o retrato fidedigno da invisibilidade das párias sociais. Dor e Glória simbolizou o cinema terapêutico de Almodóvar sobre as dores da alma. Tarantino em Era Uma Vez…em Hollywood fez sua declaração de amor sobre o cinema através do fascínio que Hollywood exerce em nós. Fé Corrompida utilizou o vazio da alma para nós fazer refletir sobre a fé. Ad Astra mergulhou o público na relação entre pai e filho para explicar a história do homem. Bacurau apresentou o cinema de gênero para falar sobre a resistência humana, enquanto História de um Casamento mostrou que apesar do carinho e respeito, o amor pode ruir perante as mágoas e rancores.
DIEGO ALEXANDRE
- Parasita
- Bacurau
- Coringa
- História de Um Casamento
- A Vida Invisível
- As Loucuras de Rose
- As Golpistas
- Hebe – A Estrela do Brasil
- Neville D’Almeida: Cronista da Beleza e do Caos
- Star Wars: A Ascensão Skywalker
COMENTÁRIO
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, o sul-coreano “Parasita” é, disparado, o melhor filme de 2019. Tão surpreendente que até Hollywood se curvou perante a obra-prima de Bong Joon-ho. O cinema brasileiro também alcançou grande repercussão em Cannes com dois grandes filmes: o impactante “Bacurau”, que levou o Prêmio do Júri e se tornou um sucesso de bilheteria, e o belíssimo “A Vida Invisível”, vencedor da mostra Un Certain Regard. Dentre outros lançamentos nacionais, destaque para o biográfico “Hebe – A Estrela do Brasil” e “Neville D’Almeida: Cronista da Beleza e do Caos”, documentário que o crítico Mario Abbade realizou sobre um dos diretores mais controversos da nossa cinematografia. Uma verdadeira aula de cinema!
Falando em aula, impossível não mencionar o genial e violento “Coringa”, em que o diretor Todd Phillips bebe da fonte de obras icônicas da década de 70 para levar às telas uma nova versão da origem do palhaço mais famoso da história do cinema. Já “História de Um Casamento” acerta ao abordar um tema de grande carga emocional através de uma direção intimista e um soberbo trabalho de elenco. Os independentes também conquistam seu espaço entre os melhores do ano, com o divertidíssimo “As Golpistas” e o comovente drama musical “As Loucuras de Rose”.
DIEGO BAUER
- Assunto de Família
- Era Uma Vez Em… Hollywood
- Parasita
- Bacurau
- El Camino: A Breaking Bad Film
- O Irlandês
- Border
- Dor e Glória
- História de Um Casamento
- Inferninho
COMENTÁRIO
Menções honrosas: Homem-Aranha no Aranhaverso, Temporada, No Coração do Mundo, Coringa.
Um ano de bons filmes, com três excepcionais, os três primeiros da lista. Mais um bom ano do cinema brasileiro (fica registrado que infelizmente não consegui assistir A Vida Invisível), e com o retorno de mestres como Scorsese e Almodóvar. Que filmaço é El Camino! Border tem o melhor som do ano (junto com Era Uma Vez).
HENRIQUE FILHO
- O Irlandês
- Parasita
- Era uma vez em Hollywood
- Bacurau
- Ad Astra
- Ford vs Ferrari
- História de um Casamento
- A Favorita
- Dois Papas
- Dor e Glória
COMENTÁRIO
Menção honrosa: Democracia em Vertigem, Atlantique, Fora de Série, Nós, Entre Facas e Segredos, Vingadores Ultimato, Meu Nome é Dolemite.
Grandes filmes foram lançados em 2019, um verdadeiro deleite para o público cinéfilo. Excelentes blockbusters, e também muito filme pra entrar no catalogo do público cult. Filmes que desafiam nossa mente, encantaram e que com certeza irão sobreviver ao teste do tempo. Alguns deles eu poderia até colocar entre os melhores da década passada.
IVANILDO PEREIRA
- Parasita
- O Irlandês
- Era Uma Vez… Em Hollywood
- Bacurau
- Dor e Glória
- Nós
- História de um Casamento
- Entre Facas e Segredos
- Fora de Série
- Ad Astra: Rumo às Estrelas
COMENTÁRIO
Dos meus 10 filmes favoritos do ano, alguns são experiências de gênero viradas ao avesso: O divertidíssimo Entre Facas e Segredos, a ficção-científica pessoal de Ad Astra, a comédia adolescente feminina de Fora de Série, o horror social de Nós. Todos filmes criativos que quase nunca optam pelo óbvio. Isso para nem mencionar Bacurau, a reinvenção de gêneros definitiva do ano. Em outros dois filmes, artistas e realizadores não tiveram medo de expor suas almas: Casamento e Dor e Glória, as melhores obras de seus diretores em anos. E há dois “filmes-testamentos”, duas verdadeiras obras-primas muito diferentes entre si, mas com traços em comum ao voltarem seus olhares para o passado e os fins de algumas eras: O Irlandês e Hollywood. E no topo, a implacável comédia sarcástica de Bong Joon-Ho, tão universal no seu retrato do que é viver no capitalismo moderno que cada país poderia fazer seu remake. Num ano de grandes filmes, Parasita se situa merecidamente no topo.
Menções honrosas: O documentário Diga Quem Sou, a animação Perdi Meu Corpo, o policial Dragged Across Concrete, e o filme mais divertido do ano, Vingadores: Ultimato, que quase entraram no meu top 10 em algum momento.
LUCAS PISTILLI
- Entardecer
- Pássaros de Verão
- Midsommar
- Bacurau
- Parasita
- O Irlandês
- Clímax
- Guerra Fria
- Dor e Glória
- A Favorita
COMENTÁRIO
Dois dos filmes que mais mexeram comigo na última década estrearam no Brasil em 2019: “Entardecer” é um hipnotizante estudo sobre o fim de um império e “Pássaros de Verão” faz uma releitura lisérgica e transcendental dos filmes de gângsteres. Martin Scorsese também deu um novo tratamento aos seus mafiosos com “O Irlandês”: como me disse um amigo, o filme desconstrói os filmes de máfia da mesma maneira como “Os Intocáveis” (de Clint Eastwood) faz com os faroestes. Filmes como “Clímax”, “Dor e Glória” e “A Favorita” foram verdadeiros retornos à forma de seus realizadores, enquanto “Midsommar” e “Guerra Fria” confirmaram o talento de Ari Aster e Paweł Pawlikowski, respectivamente, que expandiram em cima de projetos anteriores e entregaram obras maduras dignas de nota. Para além disso, “Midsommar”, juntamente com “Parasita” e “Bacurau”, provaram que o ano foi fértil para o cinema de gênero, que encontrou apreço tanto no circuito de festivais quanto entre o grande público.
PÂMELA EURÍDICE
- Parasita
- Bacurau
- Histórias de um Casamento
- Guerra Fria
- Assunto de Família
- Girl
- Nós
- One Child Nation
- Varda por Agnès
- O Irlandês
COMENTÁRIO
Costumo dizer que escolher os melhores filmes do ano tem muito a ver com o peso social e político que a produção carrega. Esse ano não seria diferente, entretanto, é importante frisar que as obras selecionadas também oferecem catarse e um alto teor de identificação com o público que deseja alcançar, como é o caso de Histórias de um Casamento e Guerra Fria. Além disso, há uma realidade cruel e verídica que se desenha em Parasita, Assunto de Família e One Child Nation. Em alguns casos, isso precisa ser gritado de forma sutil e satírica como em Nós e Bacurau – o filme que melhor evidencia o Brasil contemporâneo. Girl tem a sensibilidade que precisa ser notada e colocada em prática por qualquer diretor que queira abordar a jornada de descoberta da sexualidade. Por fim, precisamos falar de despedidas. Depois de 12 anos de produção, O Irlandês traz ícones das narrativas de máfia para contar uma história de despedidas e crueldades. Já Varda, é alguém que vai deixar muita saudade.
REBECA ALMEIDA
- Bacurau
- Parasita
- Nós
- Coringa
- Rocketman
- A Vida Invisível
- Democracia em Vertigem
- Midsommar
- A Favorita
- História de Um Casamento
COMENTÁRIO
Menções honrosas: Homem-aranha no Aranhaverso, Dor e Glória, O Irlandês, Ford vs Ferrari, As Golpistas, Klaus, Dois Papas.
Apesar de ter me rendido totalmente a incrível trama de ‘Parasita’, deixo no topo desta lista o primeiro filme que assisti esse ano e pensei “Esse é o melhor filme do ano”. Sim, ‘Bacurau’ se tornou uma produção imensamente marcante para mim por ser a combinação de uma grande história, atuações e apresentar um final satisfatório longe do óbvio. Além do grande filme de Joon-ho, também seleciono o marco que é ‘Us’ e o trabalho de Peele. Em seguida temos a surpresa de Philips com ‘Coringa’, o qual eu não esperava que fosse parar nesta lista, seguido de ‘Rocketman’ com seu corajoso roteiro. Na segunda parte desta seleção, ‘A Vida Invisível’ e sua delicadeza nos apresenta uma grata surpresa nacional assim como ‘Democracia em Vertigem’ e sua ótima narrativa. Por fim, Midsommar, A Favorita e História de Um Casamento representam três grandes diretores e seus trabalhos excepcionais.
WALTER FRANCO
- Parasita
- Temporada
- História de um Casamento
- Entre facas e segredos
- Bixa Travesty
- Bacurau
- Deslembro
- Dor e Glória
- A Favorita
- Assunto de Família
COMENTÁRIO
As minhas escolhas pelos melhores do ano não poderiam deixar de citar a bela obra que Parasita é, mesclando o seu teor político com o entretenimento. Da mesma fonte bebeu o já clássico Bacurau, que ficará na memória do audiovisual nacional por muito tempo. As incursões pessoais e de relacionamento como Temporada; Histórias de um Casamento; e Assunto de Família são destaque também pelos seus textos e atuações. Filmes como Deslembro e Dor e Glória revelam o intricado jogo entre o passado e presente, e a relação daquele como aspecto formador dos seres humanos. O excelente documentário Bixa Travesti traz luz a uma artista nacional muito inovadora que é Linn da Quebrada. E por fim os filmes que gostam de brincar com o estilo e conseguem ser algo a mais do que mero exercício estético como Entre Facas e Segredos e A Favorita revelam o lugar que Yorgos Lanthimos e Rhian Johnson conquistaram, tornando-se dois dos mais interessantes cineastas desta década.
Menções honrosas: Negrum3; Varda por Agnes; Border; Fé Corrompida; O Irlandês; Inferninho e Oitava Série.
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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:
Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2019.
Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar – 8 pontos
7º lugar – 6 pontos
8º lugar – 4 pontos
9º lugar – 2 pontos
10º lugar – 1 ponto
Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!
* Texto original alterado para substituir a equivocada expressão humor negro.