Depois de “O Clã” e “Relatos Selvagens”, o cinema argentino já tem um novo fenômeno de público e crítica: “El Angél”. Dirigido por Luiz Ortega, o filme arrecadou US$ 1,9 milhão (56 milhões de pesos) nas salas de exibição dos hermanos em apenas quatro dias, sendo o quinto maior lançamento da produção do país em todos os tempos. As informações são do site da Variety.

Baseado em fatos reais, “El Angél” acompanha a história de Carlos Robledo Puch, criminoso preso há 45 anos, o período mais longo de detenção já registrado na história da Argentina. Durante a adolescência, ele confessou ter cometido onze assassinatos, executado mais de quarenta roubos e uma série de sequestros. Alguns de seus atos criminosos configuraravam-se como uma forma de impressionar Carlos, um amigo íntimo. Quando sua identidade foi revelada para o público, ele ganhou o apelido de “Anjo da Morte”, graças aos seus cachos e rosto angelical, tornando-se uma celebridade instantânea no país.

“El Angél”, porém, não reina sozinho: o suspense enfrenta a concorrência forte do novo filme de Ricardo Darín, “An Unexpected Love”. A produção levou mais de 430 mil pessoas aos cinemas e traz a atriz Mercedes Morán, também presente no longa de Luiz Ortega, no elenco. Segundo a executiva da 20th Century Fox na Argentina, Griselda Fortunato, os sucessos recentes do país mostram a capacidade da nova geração de diretores em conciliar a qualidade artística com o pensamento comercial.