O governo da Coreia do Sul garantiu a intensificação de fiscalizações para coibir o envio de DVDs do filme “A Entrevista” para Coreia do Norte. Ativistas planejam lançar 10 mil cópias do longa estrelado por Seth Rogen e James Franco via balão junto com 500 mil folhetos contra a ditadura de Kim Jong-un.

O governo da Coreia do Norte condenou essa tentativa do envio de balões e promete retaliações. Segundo o jornal inglês The Guardian, moradores da região temem pela segurança e os riscos ocasionados pelo lançamento dos materiais.

Apesar de ser contrário ao lançamento do filme e da propaganda contra Kim Jong-un, o governo da Coreia do Sul afirmou entender a ação dos ativistas como uma atitude democrática, mas apelou aos mesmos que não façam provocações desnecessárias ao país vizinho. O ministro sul-coreano, Lim Byeong-Cheol, pediu prudência dos ativistas ao dizer que há limites na liberdade de expressão. “Se esse movimento for detectado a tempo, o governo fará o necessário para proteger os cidadãos dessa região”, afirmou.

A ideia do lançamento, previsto para 26 de março, é lembrar o aniversário de cinco anos do naufrágio de um navio de guerra sul-coreano em 2010, com a perda de 46 marinheiros. A Coreia do Sul culpou o vizinho do norte pelo incidente, congelando laços comerciais e de investimento.

“A Entrevista” causou muita polêmica no início do ano por ter sido responsável por ataques de hackers ligados ao governo da Coreia do Norte à Sony. Filme estrelado por Seth Rogen e James Franco acompanha Dave Skylark e o produtor Aaron Rapoport, líderes de um show de celebridades chamado “Skylark Tonight.” Quando eles conseguem uma entrevistas com um fã-surpresa, o ditador norte-coreano Kim Jong-un, eles são recrutados pela CIA para que transformem a sua viagem a Pyongyang em uma missão de assassinato do líder.