O Filho de Saul” conquistou um Oscar por seu retrato realista da vida em um campo de concentração nazista. Em seu novo filme, o roteirista e diretor László Nemes recua ainda mais para ver como a Europa se permitiu mergulhar em um abismo anterior: a Primeira Guerra Mundial.

“Sunset”, que estreou no Festival Internacional de Cinema de Veneza nesta segunda-feira, acompanha uma jovem na Budapeste de 1913 às vésperas da guerra que destruiu a ilusão de um progresso europeu sem fim.

“Quando eu fiz ‘O Filho de Saul’ realmente quis voltar no tempo para tentar entender o mistério que ocorreu em alguns anos, provavelmente no início do século 20: como uma civilização sofisticada mergulhou na autodestruição, como foi de uma era de progresso e confiança ilimitada na tecnologia para o assassinato industrial”, explicou Nemes em uma coletiva de imprensa.

“Queria me interrogar sobre o nascimento do século 20”, acrescentou o húngaro de 41 anos, dizendo que é disso que o drama de época “Sunset” trata.

Ele é um dos 21 filmes competindo pelo Leão de Ouro, que será entregue no dia 8 de setembro.

da Agência Reuters