Palco do futebol do Amazonas até o surgimento do Vivaldão nos anos 1960, o Parque Amazonense será tema de documentário. Com direção de Ari Santos, filme conta com entrevistas de craques da história do esporte local, como Zezinho Bastos, Cavaco e Russo, dos jornalistas Leanderson Lima e Eduardo Monteiro de Paula, e do treinador Amadeu Teixeira.
De acordo com Ari, “Parque Amazonense – Um Conto do Futebol Clássico” possui duas versões finalizadas: a primeira com um minuto, voltada para o festival do gênero, e a outra com quatro minutos, obedecendo o edital do concurso cultural “No Mundo da Bola”, da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas. “Em 2016, queremos fazer uma versão maior, com aproximadamente 20 minutos, pois ainda tem muita história para ser contada”, disse o diretor.
Gravado entre maio e setembro de 2014, o documentário conta com fotos da época do acervo dos jogadores e de Carlyle Zamith, administrador do site Baú Velho. “Imagens em vídeo da época somente conseguimos da inauguração do Vivaldão. Deixamos elas no documentário porque, através das narrativas de um dos nosso protagonistas, ele explica que foi nesse período que começou a decadência do Parque Amazonense”, explica Ari Santos.
“Acredito que o foco do curta é fazer um resgate cultural e histórico do nosso futebol, pois o Parque Amazonense foi considerado o primeiro estádio do nosso futebol, especialmente durante a época de ouro, precisamente entre as décadas de 60 e comecinho de 70. Infelizmente, hoje o local está em situação de abandono e, por incrível que pareça, hoje são poucas as pessoas que conhecem o Parque. Através do nosso documentário, nós conseguimos resgatar parte da história, através das narrativas dos nosso protagonistas”, explica Ari Santos, salientando ainda que as filmagens foram feitas de forma independente, pois o dinheiro da verba da SEC só foi repassado quando tudo já estava gravado.
Ari Santos informou que negocia com a Amazonas Film Comission uma data para o lançamento oficial de “Parque Amazonense – Um Conto do Futebol Clássico”. “A versão de 1 minuto já foi inscrita e selecionada para o Um Amazonas, e consequentemente pretendemos sim inscrever em outros festivais pelo país”, afirmou.
Parque Amazonense – Um Conto do Futebol Clássico
Direção: Ari Santos
Assistente de Direção: Gérson Sobreira
Diretor de Fotografia: Bernardo Oliveira
Produção: Lucas Martins e Ari Santos
Excelente iniciativa. Meu pai era operaidor da Rádio Baré e eu, com 7, 8, 9 anos, ía ao Parque Amaxonense ver Rio-Nal. Foi lá que ganhei uma bola com o escudo do Rio Negro que o Josué, da Difusora, me deu de presente. Na última vez que estive em Manaus fiz questao de passar por lá e a cena de abandono me deu tristeza. Ainda bem que as cenas gravadas na minha cabeça, quando criança, estão vivas.
Acho que no inicio dos anos 70 chegou a acontecer umas touradas no campo. Lembro que meu pai dizia que a plateia nao falava olé, dizia “pai d’égua”.
Parabéns pelo trabalho.
Antes do Parque Amazonense existir como estádio de Futebol, ele fora construído para ser Jockey Club onde acontecia Corridas de cavalos . Até hoje ainda se pode ver a Esfinge de Cavalo no arco do portão principal. Veja isto na fotografia publicada neste documentário.
O bairro Beco do Macêdo, antes de existir, o seu traçado de hoje eram as raias das corridas da época.
Foi lançado o filme? Ainda vem que vocês fizeram uma reportagem sobre ele, precisamos saber do nosso passado!