azaEmbora tratem da mesma história, o livro “No Ar Rarefeito” e o filme “Evereste”, que chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira, 24, têm diferenças importantes. Pelo menos é essa a opinião de um dos personagens da história.
Jon Krakauer, autor de “No Ar Rarefeito” e um dos sobreviventes do desastre retratado pelo filme, compareceu recentemente a uma sessão de “Evereste” e deu o seu veredito ao jornal L.A. Times: “É uma besteira completa”, disse. “Qualquer um que vá ver o filme e queira conhecer uma história baseada em fatos vai precisar ler o livro”, completou.
Krakauer, que é autor de seis outros livros – incluindo “Na Natureza Selvagem”, que também foi adaptado para o cinema em 2007 – não gostou de uma cena que o mostra (interpretado pelo ator Michael Kelly) se recusando a ajudar em uma tentativa de resgate. “Eu nunca tive essa conversa”, disse Krakauer ao jornal, mencionando também que Kelly, ator de “House of Cards”, nunca o procurou para falar da história.
Resposta
O diretor Baltasar Kormákur já havia dito, em uma entrevista ao site Entertainment Weekly, que foram usadas gravações inéditas de conversas entre os alpinistas e o acampamento base para a criação do roteiro.
Em relação a Krakauer, Kormákur disse: “Para ser honesto, eu não estava interessado em contar uma história sobre um escritor em uma montanha. Eu vi um monte de filmes sobre escritores. Seu livro é um relato em primeira pessoa e há um monte de coisas que ele acha ou pensa que não aconteceram. Esta é a história de um grupo de pessoas que vão até esta montanha e eu queria ser fiel a isso”, disse.
Tragédia e polêmica
O filme narra os acontecimentos dos dias 10 e 11 de maio de 1996, quando dois grupos de alpinistas fizeram uma excursão ao topo do Monte Everest, o pico mais alto do mundo, com 8.848 metros de altitude.
Naquela tarde, uma forte nevasca fez com que oito pessoas, entre guias, auxiliares e esportistas de maior ou menor experiência, morressem na tentativa de alcançar o topo da montanha, que fica na Cordilheira do Himalaia, na fronteira entre a China e o Nepal.
Na época da publicação do livro, há 18 anos, o próprio Krakauer foi criticado sobre o que seria a verdadeira versão dos acontecimentos daqueles fatídicos dois dias de 1996.
O alpinista cazaque Anatoli Boukreev escreveu um livro chamado “A Escalada”, publicado em 1997, contradizendo a versão de Krakauer.
do site UOL
Errata: Anatoli Boukreev era cazaque e não russo como dito na matéria acima. Em seu livro, A Escalada, fez questão de deixar isso claro. No livro há uma foto em que ele está no topo do Everest com a bandeira do Cazaquistão. O livro, A Escalada, foi uma resposta ao livro “No Ar Rarefeito” de Jon Krakauer que o acusa que não ter feito o suficiente para resgatar os alpinistas em dificuldade, quando, da tragédia no monte Everest.
Obrigado pelo alerta, Alessandro.
Matéria já corrigida.
Eu sei que Existem outros dois livros além dos citados sobre a tragédia de 1996, um escrito por um dos clientes (médico americano) e outro por um filho de um sherpa, mas eu não lembro os nomes, por acaso você sabe?
Thomas,
O livro do médico, Beck Weathers, chama-se “Deixado para Morrer”. Quanto ao livro do filho do sherpa, não trata da respeito da tragédia de 1996, é uma abordagem diferente e chama-se “Em busca da alma de meu pai”
Na verdade Anatoli nasceu na Rússia e no início dos anos 90, tornou-se cidadão Cazaque, por fazer parte da comunidade de montanhistas do Cazaquistão, já que o montanhismo na Rússia estava “falido”