Protagonista de clássicos como “Os Pássaros” e “Marnie”, Tippi Hedren acusa Alfred Hitchcock de perseguição e assédio sexual durante trabalhos nos anos 1960. Segundo o New York Post, no livro de memórias, a atriz detalha a relação que tinha com o mestre do suspense depois de se mudar de Nova York para Los Angeles. As informações são do site da Variety.

Tippi Hedren afirma que Hitchcock começou a persegui-la após vê-la em um comercial. A obsessão do cineasta fez com que ela conseguisse um contrato de cinco anos para fazer filmes, incluindo os dele. Durante as filmagens de “Os Pássaros”, ela alega que o diretor era extremamente possessivo, chegando ao ponto de falar para a equipe do longa, inclusive um dos protagonistas, Rod Taylor, a não tocar nela.

Ainda nos bastidores de “Os Pássaros”, Tippi Hedren afirma que não tinha liberdade para falar com outros homens, pois, Hitchcock a censurava com olhares considerados por ela como ameaçadores. A atriz alega ainda que o diretor a perseguia, colocando um motorista para sempre passar pela casa dela e revela um momento em que Hitchcock tentou beijá-la à força em um banco de uma limusine. “Foi um momento terrível, terrível”, declarou.

Já nas filmagens de “Marnie”, Hitchcock, segundo a atriz, exigiu a instalação de uma porta que conectasse o escritório dele até o camarim dela. Tippi Hedren afirma ainda que o diretor ainda tentou assedia-la em uma dessas ocasiões. “Era sexualmente perverso. Quanto mais tentava lutar, mais agressivo ele era”, afirma.

Tippi Hedren declarou que não falou nada sobre o assunto devido ao fato de que assédio sexual e perseguição não eram termos em voga na época. A primeira vez que a atriz revelou o assunto foi no filme da HBO, “The Girl”, em 2012. O novo livro chega às lojas americanas no dia 1 de novembro.