No coração da região que sedia a indústria de laticínios da Nova Zelândia, a fabricante de drones (aeronaves não tripuladas) Aeronavics testa modelos concebidos para pegar um atalho no mercado emergente, e de rápido crescimento, desses artefatos no negócio dos filmes e da televisão.

Os criadores dos drones usados na produção da série “Dr. Who” e da franquia “Crepúsculo” são parte de uma série de empresas neozelandesas que estão aproveitando a reputação de inovação que o país tem na indústria cinematográfica para tentar ditar o rumo do que se espera ser uma grande procura por drones em Hollywood.

O relaxamento do uso comercial de drones nos Estados Unidos no final do ano passado desencadeou uma corrida para desenvolver plataformas de câmeras voadoras que, embora custem em torno de 100 mil dólares cada, ainda assim saem mais baratas do que alugar os guindastes e helicópteros que os estúdios empregam normalmente para fazer tomadas aéreas.

Até agora, os cinegrafistas vinham adicionando peças como câmeras com qualidade de cinema a drones de linha que custam alguns milhares de dólares cada. Os fabricantes de drones da Nova Zelândia querem mudar tudo isso com aeronaves sofisticadas e feitas sob medida.

“Muitas empresas de tecnologia de drones começaram no setor de filmes e fotos por encomenda, e a indústria cinematográfica da Nova Zelândia tem uma reputação global de avanços tecnológicos de ponta no cinema”, disse Chris Thomson, gerente de aviação da incubadora de tecnologia governamental Callaghan Innovation.

Os fabricantes de drones neozelandeses estão expandindo inovações criadas localmente, incluindo o software de animação usado na trilogia “O Senhor dos Anéis” e a tecnologia de captura de movimento em tempo real responsável pelas expressões faciais convincentes de “Avatar“.

Apoiado por James Cameron, o diretor de “Avatar”, o governo da Nova Zelândia está realizando uma competição entre desenvolvedores de drones para a indústria cinematográfica, concentrando-se em critérios como estabilidade de voo, redução de ruído e resistência ao clima.

da Agência Reuters