O filme brasileiro “Ferrugem”, de Aly Muritiba, recebeu o prêmio Cinema em Construção da 65ª edição do Festival de San Sebastián, anunciaram nesta quarta-feira os organizadores em uma entrevista coletiva.

O prêmio, que é concedido a projetos filmados, mas não terminados, foi ampliado este ano e, além da pós-produção do filme, inclui a pré-venda de direitos de distribuição e a inclusão no programa de incentivo Ibermedia.

Muritiba, que concorreu em 2015 na seção Horizontes Latinos com o thriller “Para Minha Amada Morta”, apresenta em seu segundo projeto um drama social sobre uma adolescente que teve um vídeo íntimo publicado na internet e as consequências que isso acarreta.

O filme não se baseia em um fato real concreto, mas “há muitos fatos reais por trás”, apontou o diretor, que foi professor de adolescentes durante anos e fez um amplo trabalho de pesquisa para escrever o roteiro.

Por outro lado, o filme argentino “Planta Permanente”, de Ezequiel Radusky, levou o prêmio do melhor projeto do VI Fórum de Coprodução Europa-América Latina, realizado desde 2012 para impulsionar a colaboração entre profissionais de ambos os lados do Atlântico.

Radusky propõe uma “comédia dramática sarcástica” para falar do confronto entre trabalhadores de classe média e baixa e como os poderosos se aproveitam disso, através da história de duas empregadas da limpeza de um edifício da administração pública.

Por sua vez, a chilena Maite Alberdi ganhou o Prêmio EFADs-CAACI de Coprodução Europa América Latina pelo filme “El Agente Topo”, por “seu grande potencial e o híbrido original entre documentário e história de detetives”.

“Las Consecuencias”, coprodução de Espanha e México, dirigida pela venezuelana Claudia Pinto, ficou com o prêmio Eurimages por seu “olhar ousado” sobre as relações familiares, e “Akelarre”, do argentino Pablo Agüero, o prêmio ARTE.

Por último, “Dantza”, um filme musical sobre as danças bascas dirigido por Telmo Esnal, obteve o prêmio Glocal in progress, concedido por várias empresas para a pós-produção de filmes e possível distribuição na Espanha.

E “Las letras de Jordi”, da espanhola Maider Fernández, o prêmio Rec Grabaketa para a pós-produção.

da Agência EFE

*Texto original alterado para substituir a equivocada expressão humor negro.