Um filho de Audrey Hepburn processou, na quinta-feira, uma instituição de caridade que usa o nome da falecida atriz e ativista humanitária para que pare de empregar o nome Hepburn em uma variedade de peças de roupa, bolsas, retratos, guarda-chuvas e outros itens.

Sean Hepburn Ferrer, que já foi presidente da Audrey Hepburn’s Children Fund, acusou a instituição de infringir direitos de marca registrada, entre outros, que pertencem a ele e a Luca Dotti, seu meio-irmão.

Dotti e Ferrer fundaram a entidade, que já se chamou Hollywood for Children (HFC), após a morte de sua mãe em 1993, aos 63 anos de idade.

A ação de Ferrer vem depois que a instituição entrou com um processo contra ele, em fevereiro.

Em seu processo, a instituição disse que as “ações cada vez mais hostis” de Ferrer a impedem de participar de exibições e arrecadar fundos, e que busca acabar com sua suposta interferência.

“Mantemos as alegações de nosso caso na corte estadual”, disse Steven Young, advogado da entidade, em entrevista.

“O Sr. Ferrer, por razões que só ele conhece, continua a tentar impedir e destruir a capacidade da Audrey Hepburn Children’s Fund de arrecadar dinheiro para várias instituições de caridade infantil. Temos confiança de que o processo judicial garantirá um resultado justo”, afirmou Young.

Na ação apresentada na quinta-feira, Ferrer disse que renunciou como presidente da instituição em 2012, em meio a desentendimentos sobre gastos, mas que permitiu que a entidade usasse o nome, imagem pública e legado de sua mãe caso a caso.

Ele disse que não concede tais direitos desde 2015 e que as infrações subsequentes da instituição levam a crer falsamente que ele, Dotti ou sua mãe apoiem a organização.

“Na prática a HFC está argumentando que recebeu uma licença perpétua e mundial para fazer o que quiser com o nome de Audrey Hepburn e a propriedade intelectual relacionada”, disse Lawrence Segal, advogado de Ferrer. “Não é este o caso”.

Dotti não se uniu ao irmão no processo. “Existe um desentendimento entre o Sr. Ferrer e o Sr. Dotti quanto às exigências para se conceder uma licença”, explicou Segal.

A ação de quinta-feira pede indenização em valor não especificado e uma injunção contra novas infrações.

da Agência Reuters