O ator Gérard Depardieu (“O homem da máscara de ferro”, “As aventuras de Pi”) fez uma relevação chocante ao afirmar que se prostituiu quando tinha apenas 10 anos de idade em sua mais nova biografia, “Ça c’est fait comme ça” (ou “Aconteceu desse jeito”, em português). No livro, ele relata que sabia que agradava aos homossexuais, e quanto era abordado na rua, pedia dinheiro em troca.

O ator francês também diz que enganava os clientes porque parecia ter pelo menos 15 anos, e que roubá-los era uma prática comum para conseguir mais dinheiro. “Aos 20 anos, eu era um bandido e sentia isso em mim. Queria quebrar todos e dar o fora, bater em um cara e fugir com todo o seu dinheiro”, revela o ator, sem papas na língua. A pobreza e o desespero eram tamanhos na vida de Depardieu que ele relembra ter roubado jóias de cadáveres recém enterrados em cemitérios com a ajuda de um outro rapaz e mesmo ter roubado relógios e dinheiro durante os protestos políticos que aconteceram na França em maio de 1968.

Hoje com 65 anos, Depardieu relata no livro outros acontecimentos já conhecidos por quem acompanha sua trajetória: o passado difícil com a mãe alcólica que fazia questão de dizer como tentou abortá-lo, o fato de ter sido preso e o início de seu envolvimento com a atuação através do teatro.

Ainda não há previsão para a publicação da biografia de Depardieu no Brasil. Por ora, o trabalho do ator pode ser conferido nos cinemas em “Bem-vindo a Nova York”.

Confira a crítica do Cine Set para Bem-Vindo a Nova York