Rodado em Manaus com parte da equipe de profissionais amazonenses, “A Febre” continua uma importante trajetória de premiações ao redor do planeta. Desta vez, a produção dirigida por Maya Da-Rin foi selecionada para representar o Brasil no Goya 2021, organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha. O longa irá disputar uma vaga na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano na 36ª edição prevista para ocorrer no dia 12 de fevereiro do ano que vem.
A escolha foi feita por uma comissão da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. O grupo era composto por Flávio R. Tambellini, produtor, diretor e sócio-fundador da Tambellini Filmes; Carlos Heli de Almeida, repórter e crítico de cinema; Jom Tob Azulay, produtor e diretor; Sabrina Fidalgo, diretora e roteirista; e Virginia Cavendish, atriz, roteirista e produtora. “A Febre” superou 15 longas-metragens, que incluíam obras premiadas como “Aos Olhos de Ernesto”, “Pacarrete“, “Todos os Mortos”, entre outros.
“’A Febre’ é um filme sensível não apenas pela linguagem, como também pela temática indígena e amazônica, que tem hoje uma enorme relevância global”, declarou Flávio R. Tambellini, presidente da comissão.
TRAJETÓRIA PREMIADA
Filmado em Manaus, “A Febre” foi premiado no Festival de Locarno.
Disponível na Netflix, “A Febre” traz a história de Justino, um indígena Desana de 45 anos, é vigilante do porto de cargas de Manaus. Enquanto sua filha se prepara para estudar medicina em Brasília, ele é tomado por uma febre misteriosa que o leva de volta a sua aldeia, de onde partiu vinte anos atrás. Regis Myrupu, Rosa Peixoto, Johnatan Sodré, Kaisaro Jussara Brito, Edmildo Vaz Pimentel, Anunciata Teles Soares, Suzy Lopes e Lourinelson Wladmir integram o elenco.
Na sua estreia mundial, no Festival de Locarno, na Suíça, “A Febre” levou três prêmios para casa: o Leopardo de Ouro de Melhor Ator, para Regis Myrupu, o prêmio da crítica internacional FIPRESCI e o prêmio “Environment is Quality of Life”. A Febre foi eleito ainda Melhor Filme em festivais na França, China, Argentina, Portugal, EUA, Uruguai, Chile, Peru, Alemanha e Espanha. No Brasil, o filme conquistou cinco candangos no 52º Festival de Brasília – Melhor Longa-Metragem, Melhor Direção, Melhor Ator para Regis Myrupu, Melhor Som e Melhor Fotografia – além dos prêmios de Melhor Direção e Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio e Melhor Filme e Melhor Som no Janela Internacional de Cinema do Recife.