Conhecido por intensas campanhas de marketing junto aos votantes do Oscar, Harvey Weinstein deve intensificar a campanha para que “Era uma Vez em Nova York” consiga concorrer ao maior prêmio do cinema americano. Segundo a Variety, o executivo se animou com as conquistas obtidas por Marion Cottilard na categoria de Melhor Atriz na divulgação dos destaques do ano pelos críticos de Boston e Nova York, além da nomeação dela para o Spirit Awards.

Duas sessões para votantes da Academia de Ciência Cinematográficas de Hollywood foram agendadas para os dias 14 e 16 de dezembro para aumentar as chances do filme. A Variety, entretanto, ressalta que a campanha de “Era uma Vez em Nova York” pode vir tarde demais pelo fato do longa de James Gray não ter conseguido força para concorrer ao Globo de Ouro e ao SAG Awards. Weinstein concentrou os esforços da corrida ao Oscar, principalmente, com “O Jogo da Imitação” (nome certo na temporada de premiações) e “Grandes Olhos” (projeto de Tim Burton ficou pelo caminho).

De acordo com a Variety, uma suposta desavença entre Gray e Weinstein sobre o corte final de “Era Uma Vez em Nova York” motivou esse esquecimento do filme na temporada de premiações. Isso dificultou, inclusive, a distribuição do projeto nos cinemas americanos, onde não passou de 150 salas de exibição, número considerado abaixo para os padrões dos EUA. Para atrapalhar ainda mais as chances do filme, Cottilard pode disputar contra ela mesma, pois, a Academia pode se dividir pelo excelente trabalho dela em “Dois Dias, Uma Noite”.

“Era Uma Vez em Nova York” se passa nos anos 20 e acompanha o drama das as irmãs polonesas Magda e Ewa Cybulski que partem em direção a Nova Iorque, em busca de uma vida melhor. Mas, assim que chegam, Magda fica doente e Ewa, sem ter a quem recorrer, acaba nas mãos do cafetão Bruno, que a explora em uma rede de prostituição. A chegada de Orlando, mágico e primo de Bruno, mostra um novo amor e um novo caminho para Ewa, mas o ciúme do cafetão acaba despertando uma tragédia.