Uma experiência estressante.

José Padilha definiu assim a estreia dele em Hollywood ao comandar “Robocop”. O cineasta brasileiro reclamou da falta de liberdade criativa para comandar o filme. A revelação foi feita durante entrevista ao site ScreenDaily.

“Passei 90% do tempo brigando. Isso me fez perceber que fazer um filme de estúdio não é o mesmo que fazer um filme. Vou pensar mil vezes antes de me envolver a uma produção igual esta novamente. Prefiro enfrentar a realidade do que fazer filmes sobre super-heróis”, declarou Padilha.

O diretor brasileiro chegou a Hollywood após os sucessos de crítica e público de “Tropa de Elite 1 e 2”. Padilha afirmou que chegou a ser ameaçado de morte pelo longa protagonizado por Wagner Moura ao citar um assalto em que a motivação, segundo a PM carioca, seria uma reação ao filme.

Atualmente, o diretor está no comando da série do Netflix, “Narcos” e se prepara para comandar uma outra série de seis episódios também para o serviço de streaming sobre a operação Lava-Jato. Outro projeto dele será uma nova série para o canal Showtime sobre a prisão de gangues americanas nos anos 1960 e 70. Nos cinemas, ele vai se dedicar a “Entebbe” sobre o sequestro do avião da Air France, em 1976.