A francesa Marion Cotillard conseguiu nesta quinta-feira (15) sua segunda indicação ao Oscar de melhor atriz, após conquistar a estatueta em 2008 por seu papel de Edith Piaf em “Piaf – Um hino ao amor”.

Concorrendo este ano por sua atuação em “Dois dias, uma noite”, dos diretores belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne, a atriz parisiense disse à AFP que sonhava em levar o filme ao Oscar.

AFP – Esta é sua segunda indicação ao Oscar graças a um filme de língua não inglesa. É algo histórico?
Cotillard –
É difícil de acreditar porque não esperava isto, mas sonhava em levar o filme dos Dardenne ao Oscar. Fiquei triste porque o filme não foi selecionado para representar a Bélgica (na categoria de filmes estrangeiros). Perdi minhas esperanças, mas esta (nomeação) lhe dará visibilidade.

AFP – Como você explica seu sucesso em Hollywood?
Cotillard – Eu fiquei surpresa. Estou muito agradecida por ter a oportunidade de explorar mais as culturas à margem da minha. Descobri a cultura americana com um dos primeiros filmes que fiz (nos Estados Unidos), dirigido por Michael Mann (“Inimigos Públicos”, 2009). Meu sonho como atriz era chegar lá, mas também preciso estar em meu país. Passo muito tempo fora durante as filmagens e quando volto à França gosto de reencontrar meus pontos de referência.

AFP – O que têm estes diretores, em particular, para conseguir que seu personagem impressione a Academia de Cinema?
Cotillard –
Eles fazem um tipo de cinema que não vemos todos os dias. A protagonista me revolveu totalmente, foi maravilhoso. Com eles vivi uma das melhores experiências que já tive em um filme. A relação dos irmãos é muito profunda, tão bonita e intensa que a aventura se tornou muito particular.

AFP – Você já trabalhou com alguns dos melhores desta indústria, como Woody Allen, Christopher Nolan, Rob Marshall e James Gray. Tem algum novo desafio pela frente?
Cotillard –
Hoje em dia gosto muito de fazer comédia. Represento mulheres maravilhosas, com as quais sempre acontece algo, mas gostaria de experimentar um gênero ao qual não estou acostumado. Gosto de arriscar. Admiro muito a carreira destes atores que são capazes de pular de um gênero para outro, encontrar a diferença de ritmos em comédias dramáticas ou simplesmente comédias.

da Agência France Press