Após forte pressão da classe audiovisual do país, o Ministério da Cultura decidiu anular a exoneração da Cinemateca Brasileira. A decisão aconteceu neste sábado (30) e devolve as funções da coordenadora-geral, Olga Futemma, e outros quatro profissionais ligados a cargos técnicos. As informações são do jornal O Globo.

“Servidora de carreira aposentada, Olga possui mais de 30 anos de serviços prestados ao ministério, tendo se destacado na gestão deste imprescindível órgão de preservação da memória de nosso audiovisual. A atual gestão do MinC reafirma seu compromisso com a Cinemateca, e, em conjunto com seu Conselho, trabalhará com no sentido de fortalecer sua missão institucional e seu lastro material”, informou, em nota, o Ministério da Cultura. Segundo o jornal O Globo, o ministro Marcelo Calero avalia a transferir o controle da Cinemateca Brasileira para o Instituto Brasileiro de Museus, gerido atualmente por Marcelo Araújo.

A exoneração de Olga Futemma e da cúpula da Cinemateca aconteceu no último dia 26 de julho. Para a coordenação do órgão, o MinC escolheu Oswaldo Massaini Filho, porém, a revelação de que ele foi acusado de estelionato pela apresentadora Márcia Goldsmith acabou complicando a situação dele. Instituições como a Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) se posicionaram contra a troca.

A Cinemateca Brasileira é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira. Segundo o MinC, a Cinemateca desenvolve atividades em torno da difusão e da restauração de seu acervo, que conta com cerca de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais. Possui também um amplo acervo documental formado por livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes.