2015, definitivamente, é o ano de “Star Wars”. O retorno da saga criada por George Lucas com “O Despertar da Força” traz toda a euforia de fãs ao redor do mundo. E em Manaus não é diferente. No próximo dia 27 de novembro, uma palestra promovida por três apaixonados pela série para discutir a mitologia da história de Darth Vader&cia.

“A Mitologia por trás de Star Wars” será realizado a partir das 18h30 no auditório do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), localizado na Avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus. A entrada é gratuita e a capacidade do local é para 300 pessoas. O evento será aberto a todo público, independente se a pessoa tem ligação ou não com o Ifam.

A primeira palestra do evento será sobre a “Relação da Mitologia de Star Wars com as Religiões Mundiais” a ser ministrada pelo estudante do curso de tecnologia em análise e desenvolvimento de sistema do Ifam, Smith Eduardo Júnior. Em seguida, o desenvolvedor de software, Domingos Coelho, debate “O Que Esperar da Nova Trilogia”. Por fim, o finalista do curso de produção publicitária, Natan Rocha, analisa a série de George Lucas a partir da “Jornada do Herói”. 

Nostalgia, suspensão da descrença, abrangência do mundo: os encantos de Star Wars

Nascido 15 anos depois do lançamento de “Star Wars – Uma Nova Esperança” (1977), Natan Rocha pode não ter vivido a época em que George Lucas levou às telas pela primeira vez as histórias de Darth Vader e Luke Skywalker, mas, isso não o impede de admirar o feito do cineasta. “Imagine um mundo sem CGI, Netflix, Smartphones. Tudo naquele período era mais mágico. Tento me colocar no lugar dessas pessoas que não tinham acesso a nenhuma facilidade de informação como temos hoje. E mesmo assim foi possível criar essa produção espetacular”, disse.

Para Natan, “Star Wars” representou um divisor de águas no cinema pelo fato de trazer um protagonista tão capaz de cativar o público jovem como era o caso de Luke Skywalker. “Qual o jovem que nunca se sentiu preso sob o peso da responsabilidade com os pais ou responsáveis? O fato da história se passar em “Uma Galáxia muito, muito distante” é apenas para dar espaço para o que na nossa realidade é impossível. Deixando claro isso no começo do filme, podemos abusar da suspensão da descrença. E isso, Star Wars faz magistralmente”, afirma.

Quem pensa que “Star Wars” trata-se de uma leve diversão escapista está enganado. Pelo menos, para Natan, a saga intergalática o ajudou a compreender melhor o mundo político e até religioso. “Durante o Ensino Médio tive muita dificuldade para entender os conflitos políticos dos governos e como eles influenciavam diretamente as pessoas. “Star Wars” me ajudou a compreender esse panorama ao mostrar os rebeldes, uma minoria, lutando para derrubar um governo opressor que ameaçava a todos de forma terrorista. E isso ampliou ainda mais com a nova trilogia também, ao retratar interesses políticos de mercado e comércio na galáxia.

Por fim, Natan escolheu o seu filme favorito e pior da saga:

O MELHOR: “Uma Nova Esperança”, sem dúvidas. Primeiro porque não havia, depois daquele filme, a pretensão de que houvesse uma continuação, então tudo nele pra mim é único. Segundo porque retrata bem o conflito entre o bem e o mal, como pessoas que se acham comuns (Luke) se descobrem heróis e acabam salvando o dia, no fim das contas.

O PIOR: “O Ataque dos Clones”. Acho que o George Lucas errou a mão em muita coisa ali, principalmente no romance entre Padmé e Anakin. O casal poderia ter uma história desenvolvida melhor, assim o impacto na morte dela e na transformação de Anakin poderia ter sido muito mais dramática e impactante.