O jornal italiano Repubblica noticiou, neste 2 de dezembro, o falecimento do ator Gabriele Ferzetti, um dos astros mais proeminentes do país durante as décadas de 1950 e 1960. Ferzetti trabalhou com grandes nomes do cinema italiano e em renomadas produções internacionais.

Nascido em 1925 em Roma, Ferzetti iniciou a carreira no cinema em 1942, no filme “Via delle cinque lune”. Durante a década de 1950 o ator desenvolveu uma reputação da galã romântico, mas sempre procurou diversificar a carreira. Em 1955, trabalhou pela primeira vez com o mestre Michelangelo Antonioni no filme “As Amigas”, e mais tarde os dois trabalhariam novamente juntos num clássico que marcaria a década seguinte.

Os três trabalhos mais conhecidos de Ferzetti vieram nos anos 1960. Primeiro, ele fez o papel de Sandro em “A Aventura” (1960), clássico existencialista de Antonioni e o primeiro filme da sua “trilogia da incomunicabilidade” – o filme foi premiado em Cannes. O ator também se destacou interpretando um barão ferroviário no faroeste “Era Uma Vez no Oeste” (1968), obra-prima de Sergio Leone; e como Draco, líder de um sindicato criminoso em “007 A Serviço Secreto de Sua Majestade” (1969), o único filme da franquia James Bond no qual o agente foi vivido por George Lazenby. Draco também era pai da única esposa de 007 até hoje, a marcante Tracy interpretada por Diana Rigg.

Outros filmes de destaque na carreira de Ferzetti são o épico “A Bíblia” (1966), o controvertido “O Porteiro da Noite” (1974), “Othelo” (1995) e o recente “Um Sonho de Amor” (2009), onde atuou ao lado de Tilda Swinton. Ao todo, Ferzetti acumulou mais de 160 créditos entre cinema e TV.