Faleceu hoje no Cairo, no Egito, o ator egípcio Omar Sharif. Ele tinha 83 anos e, de acordo com seu agente Steve Kenis, Sharif sofreu um ataque cardíaco. Em maio deste ano, o filho do ator havia revelado que ele estava sofrendo de Alzheimer.
Sharif, cujo nome de batismo era Michel Shalhoub, ainda é mais lembrado por suas participações nos épicos do diretor David Lean. Seu passaporte para a fama mundial foi o papel de Xerife Ali em “Lawrence da Arábia” de 1962. Foi o primeiro papel em língua inglesa do ator, que a essa altura já era um veterano do cinema egípcio, tendo aparecido em mais de 20 produções. A sua atuação no filme, uma dramatização da vida do oficial britânico T. E. Lawrence e o seu papel nos conflitos árabes da Primeira Guerra Mundial, lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante. O Oscar não veio para Sharif, mas ele ganhou um Globo de Ouro pelo filme.
Depois, ele estrelou o filme seguinte de Lean, o também épico “Doutor Jivago” (1965), fazendo o personagem título. A história de amor no pano de fundo da revolução russa, entre Jivago, um jovem médico, e Lara, uma sofrida moça interpretada por Julie Christie, comoveu o mundo e foi um grande sucesso. Pela sua atuação, Sharif ganhou outro Globo de Ouro.
Omar Sharif teve uma carreira longa de quase 120 títulos no cinema e na TV. Na sua filmografia, destacam-se também “A Queda do Império Romano” (1964), “Funny Girl: A Garota Genial” (1968), “Top Secret: Super Confidencial” (1984), “O 13º Guerreiro” (1999) e “Uma Amizade Sem Fronteiras” (2003).
Ele era casado com a atriz Faten Hamama, a quem havia conhecido nas filmagens de “The Blazing Sun” em 1953. Sharif deixa um filho e dois netos.
Simplesmente um adeus !
Obrigada !