Foi divulgado na noite de 26 de setembro o falecimento do cineasta Herschell Gordon Lewis, apelidado de “Padrinho do Gore”, devido aos seus filmes cheios de sangue e violência cartunesca. Lewis tinha 87 anos e faleceu em casa, na Flórida. A causa da morte não foi revelada.

Lewis nasceu em 1929 em Pittsburgh. Formou-se em Jornalismo e começou a trabalhar em rádio, e mais tarde, na TV, onde dirigiu programas de estúdio. Sua carreira no cinema começou no final dos anos 1950, quando passou a produzir (e depois a dirigir) filmes exploitation com nudez e cenas pornô-soft. Na década de 1960, entrou no mercado dos filmes de terror com “Banquete de Sangue” (1963), seu trabalho mais famoso. Colorido e cheio de sangue, o filme marcou época e fez sucesso nos circuitos de cinema drive-in nos Estados Unidos.

O cineasta prosseguiu na carreira com mais títulos sangrentos e criativos como “Maníacos” (1964) e “Color My Blood Red” (1965). Além de seus filmes de terror, Lewis também se aventurou pelos gêneros da delinquência juvenil, dramas suburbanos e até projetos infantis. Por toda a carreira, Lewis financiou e produziu seus próprios filmes, sempre lançados dentro do mercado de cinema B americano. Nos anos 1970, se aposentou do cinema e passou a escrever livros de publicidade.

Em 2002, Lewis lançou seu primeiro longa como diretor em 30 anos, “Blood Feast 2: All U Can Eat”, continuação do seu primeiro sucesso de terror. O longa contou com a participação de outro nome do cinema underground americano, o cineasta John Waters, fã confesso do cinema do Padrinho do Gore. Lewis ainda lançou mais um filme como diretor em 2009, intitulado “The Uh-Oh! Show”.