Você já pensou quais são os últimos filmes produzidos no Amazonas? Em como esses filmes são feitos? E que ideias surgiram na mente de seus realizadores? Dos dias 29 de novembro a 3 de dezembro, o Cine Teatro Gebes Medeiros, antigo Ideal Clube, na Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus, recebe a segunda edição da Mostra de Cinema Amazonense. O evento traz para a população manauara sessões de filmes inéditos, debates com os realizadores audiovisuais locais, entre outras atividades. O crít

A Mostra tornou-se parte do calendário de atividades do segmento no estado e o ponto de encontro da produção cinematográfica amazonense desde a extinção do Amazonas Film Festival. O crítico de cinema Edu Fernandes, formado em Audiovisual pela ECA-USP e colaborador de sites, blogs e revistas como a Rolling Stones, será o mediador dos debates.

De acordo com um dos organizadores, Carlos Barbosa, o evento é uma oportunidade de divulgação e exibição dos filmes regionais. “Realizar a Mostra permite a visibilidade do cinema amazonense, incentivando-o e tendo visualizações que contribuem à formação de plateias”, declarou.

Para esta edição, a curadoria formada por Walter Fernandes, Zeudi Souza e Gustavo Soranz recebeu 37 filmes. De acordo com Walter, o caráter técnico e o valor artístico da obra foram os principais critérios levados em conta na seleção final de 25 produções, incluindo duas feitas na cidade de Tefé. “A escolha decorreu de forma tranquila. Entramos em acordo sobre quais seriam os filmes mais representativos do Estado com filmes de cineastas que já estão construindo uma carreira e de outros que estão apenas começando”, declarou.

Entre os selecionados, há o longa-metragem Amazonas, o jogo da bola, de Chicão Fill, que resgata a relação do Amazonas com o esporte, desde o primeiro registro de jogo no Brasil, que ocorreu aqui na região, até a construção da Arena da Amazônia. A Mostra traz ainda a primeira exibição do curta-metragem O Tempo Passa, de Diego Bauer, e o lançamento do novo filme de Rafael Ramos, Formas de Voltar para Casa, ambos produzidos pela Artrupe Produções Artísticas, além da versão final de O Necromante, de Ricardo Manjaro. A Mostra também abre espaço para novos realizadores audiovisuais, um destes é o estudante de Comunicação Social – Jornalismo da UFAM, Arthur Charles, que apresenta o curta-metragem surrealista Desiderium.

Zeudi Souza acredita que o público está ávido para conhecer o cinema local. “Os trabalhos selecionados apontam para um novo horizonte do cinema amazonense, um cinema maduro que está ganhando o Brasil”, declarou. Já um dos organizadores e integrante do Cine Set, Diego Bauer, o evento deixa claro que a produção cinematográfica local está viva, em execução. “A Mostra do Cinema Amazonense é realizada com dificuldades, mas, ainda assim, se faz uma ação digna e importante pra dar uma divulgação maior a uma série de filmes de diretores locais”, contou.

A Mostra surgiu do interesse do Fórum do Audiovisual do Amazonas em exibir as produções locais realizadas após o fim do Amazonas Film Festival e conta com o apoio do Cine Set.