O suspense “Dying of the Light” estreia em dezembro nos Estados Unidos, porém seu astro Nicolas Cage não quer que ele seja visto. Nem o diretor do filme, o renomado Paul Schrader, ainda mais lembrado como o roteirista dos clássicos de Martin Scorsese “Taxi Driver” e “Touro Indomável”. Cage, Schrader, o produtor do filme, o também cineasta Nicolas Winding Refn, e o ator Anton Yelchin, divulgaram fotos nas quais usam camisetas pretas com mensagens nas quais não protestavam diretamente contra o filme, mas deixavam claro a postura de desagrado com o estúdio Lionsgate. Veja abaixo:

Schrader afirma que foi posto para fora da sala de edição e que os produtores fizeram um corte final sem sua aprovação. Já os produtores afirmam que ele abandonou o projeto na fase de pós-produção. Schrader escreveu a seguinte mensagem no seu Facebook:

“Perdemos a batalha. ‘Dying of the Light’, um filme que escrevi e dirigi, foi tomado de mim e montado e mixado sem minha supervisão. Ontem a Grindstone (divisão da Lionsgate) lançou um trailer e um pôster que estão disponíveis on-line. Aqui estamos eu, Nick Cage, Anton Yelchin e Nic Refn usando nossas camisas de ‘desagrado’. A cláusula de desagrado no contrato de um artista dá aos donos de um filme a permissão de processar os artistas caso considerem que esses artistas tenham dito algo ‘derrogatório’ contra o filme”.

Embora a nota do diretor seja cuidadosa o bastante para evitar processo por parte do estúdio, o repúdio dele ficou bastante claro.

Essa não é a primeira vez que Schrader, um veterano do movimento da Nova Hollywood dos anos 1970, tem seu trabalho mexido por algum estúdio. Os cinéfilos devem se lembrar de que, há dez anos, o cineasta rodou uma prequel para o clássico “O Exorcista” que foi rejeitada pelo estúdio, e depois transformada no fracasso “O Exorcista: O Início” (2004). A versão de Schrader foi lançada algum tempo depois da estreia do longa “oficial” do estúdio.