De Joan Crawford a Laura Dern, Caio Pimenta traz uma lista com 10 atrizes que mereciam mais indicações ao Oscar.
JOAN CRAWFORD E LIZA MINNELLI
Uma lenda polêmica de Hollywood abre merecidamente esta lista.
Premiada por “Alma em Suplício” e indicada por “Fogueira de Paixões” e “Precipícios D´Alma”, Joan Crawford poderia ter nomeações também por “O Que Terá Acontecido a Baby Jane?” e “Johnny Guitar”, do genial Nicholas Ray.
Estrela dos palcos, a Liza Minnelli até vingou a mãe, Judy Garland, por ter vencido Melhor Atriz com “Cabaret”.
Mas, só duas nomeações ao Oscar – a primeira com “Os Anos Verdes” – ficaram pouco: ela tinha que ter sido indicada por “Arthur – O Milionário Sedutor” e “New York, New York”.
ULMANN, ADJANI, BINOCHE, MARION
Vamos para a Europa com quatro atrizes brilhantes de diferentes épocas.
Musa de Ingmar Bergman, a Liv Ullmann chegou ao Oscar com “Face a Face” e “Os Emigrantes”, mas, custava a Academia ter lembrado, pelo menos, de “Persona” e “Sonata de Outono”?
Imperdoável erro.
“A História de Adele H” e “Camille Claudel” foram as indicações da Isabelle Adjani.
Faltaram as nomeações por “Luxúria”, “A Rainha Margot” e, principalmente, “Possessão”.
Dona do cinema francês das últimas décadas, a Juliette Binoche foi nomeada por trabalhos razoáveis no cinema americano: “O Paciente Inglês” e “Chocolate”.
Pena que a Academia não fez o mesmo com a Trilogia das Cores e “Cópia Fiel”.
Emplacando um grande filme atrás do outro como “Ferrugem e Osso”, “Era uma vez em Nova York” e “Annette”, a Marion Cotillard foi nomeada apenas duas vezes: premiada por ‘Piaf” e indicada por “Dois Dias, Uma Noite”.
DIANE KEATON E EMMA THOMPSON
Duas ganhadoras do Oscar apareceram menos na festa da Academia do que deveriam.
Diane Keaton venceu por “Annie Hall” e concorreu por “Reds”, “As Filhas de Marvin” e “Alguém tem que Ceder”.
Certamente faltou nomeações por “O Poderoso Chefão – Parte 2” e “Manhattan”.
Já a Emma Thompson ganhou a estatueta dourada com o insosso “Retorno a Howards End”, sendo indicada posteriormente em “Vestígios do Dia”, “Em Nome do Pai” e “Razão e Sensibilidade”.
Não seria absurdo ter visto a britânica no Oscar por “Simplesmente Amor” e “Tinha que SeR Você”.
Quem sabe “Boa Sorte, Leo Grande” não muda este panorama?
MICHELLE PFEIFFER E LAURA DERN
Momento confissão: fiz esta lista para recordar esta grande atriz escanteada há muito tempo por Hollywood.
Michelle Pfeiffer teve apenas três indicações ao Oscar por “Ligações Perigosas”, “Susie e os Baker Boys” e “Love Field”, ambas na virada dos anos 1980 para os 90.
Uma pena para uma atriz que merecia ter sido lembrada por “Batman – O Retorno”, “A Época da Inocência”, “Nas Profundezas do Mar Sem Fim” e até mesmo por “mãe!”.
Pensei na Jessica Chastain para fechar esta lista por conta de “A Grande Jogada” e “O Ano Mais Violento”, porém, acabei ficando com esta também vencedora recente do Oscar.
A Laura Dern soma três indicações, sendo um de Melhor Atriz por “As Noites de Rose”, e duas de coadjuvante com “Livre” e “Histórias de um Casamento”.
Porém, vai entender o que passou na cabeça da Academia de não a ter nomeado pelas parcerias com David Lynch em “Veludo Azul”, “Coração Selvagem” e, anos depois, por “Império dos Sonhos”.