Barbada!

Homem-Aranha no Aranhaverso” confirma o favoritismo, e garante fácil o Oscar de Melhor Animação – no que a Academia de Hollywood está apenas sendo justa.

Com seu visual inovador – uma mistura de computação gráfica e animação bidimensional –, a sua paleta de cores esfuziante, a sua vibração de HQ – num sentido que essa associação nunca teve antes no cinema –, e, principalmente, os seus personagens cativantes, “Aranhaverso” é um destaque óbvio, mesmo em meio a candidatos interessantes, como o “Ilha dos Cachorros” de Wes Anderson.

O trabalho marca a primeira aparição séria do Marvel Universe no mundo da animação, mesmo tendo sido desenvolvido dentro da Sony – que finalmente fez um grande filme com o personagem, depois das muito desnecessárias tentativas com Andrew Garfield, e dos esforços mais cativantes de Tom Holland. Um mérito que pode ser atribuído em grande parte a Phil Lord, o cabeça da série “Uma Aventura Lego”, que traz a mesma agitação, esperteza e abundante charme daqueles filmes pro Aranhaverso, como roteirista e produtor.

Também é ótimo poder dizer que uma animação razoavelmente fora da órbita esmagadora da Disney chegou ao prêmio máximo de Hollywood. O que nos leva a tentar encaixar “Homem-Aranha: No Aranhaverso” dentro do panorama da premiação nesta década: para este escriba, é uma obra que poderia muito bem estar no top 3, junto a “Toy Story 3” – ainda a melhor animação premiada pelo Oscar nos 10’s, e “Zootopia”, o melhor trabalho da Disney off-Pixar. Umas companhias dessas, bicho.

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