De Glenn Close a Toni Collette, Caio Pimenta traz as primeiras previsões sobre os possíveis indicados ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2021.
POUCAS CHANCES
Aparecem com poucas chances de indicação, a Toni Collette, por “Estou Pensando em Acabar com Tudo”, Marisa Tomei, de “O Rei de Staten Island”, Debra Winger e Gina Rodriguez, por “Kajillionaire”, Talia Ryder, de “Never Rarely Sometimes Always”, Meryl Streep e Nicole Kidman, por “The Prom”, Laura Linney, por “Falling”, Vanessa Kirby, por “The World to Come”, Natasha Lyonne, por “The United States Vs Billie Holliday”, Felicity Jones, por “The Midnight Sky” e Abigail Breslin, por “Stillwater”.
É muita candidata. Infelizmente, a Toni Collette, Marisa Tomei e a Talia Ryder devem ficar de fora. Os três filmes em que elas estão aparecem bem por fora da corrida pelo Oscar e isso pode pesar.
Eu lamento, principalmente, pela Collette porque já foi esnobada recentemente pelo desempenho dela em “Hereditário”.
Meryl Streep e Nicole Kidman são sempre dois nomes para ficar de olho em qualquer disputa de Oscar. É importante dizer que há possibilidade de Streep disputar melhor atriz, mas, a gente só vai ter a certeza disso mais próximo do lançamento de “The Prom”.
A Vanessa Kirby já está bastante forte em Melhor Atriz, inclusive, ela pode até vencer o prêmio. Por isso, sinceramente, não a vejo pegando duas indicações no mesmo ano. Ela tem a carreira que tinha a Scarlett Johansson quando fez isso nesse ano.
Já a Felicity Jones, Natasha Lyonne e Abigail Breslin podem crescer na corrida dependendo de como será a recepção aos filmes que elas participam.
CHANCES MÉDIAS
Nove candidatas têm chances medianas de aparecerem na corrida pelo Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2021.
São os casos da Helena Zengel, de “News of the World”, Kristin Scott Thomas, por “Rebecca”, Yohn Yhu-jung, por “Minari”, Saoirse Ronan, por “Ammonite”, Mary J. Blidge e Audra McDonald, por “Respect”, Swankie, por “Nomadland”, Priyanka Chopra, por “The White Tiger” e Ellen Burstyn, de “Pieces of a Woman”.
Desta turma toda, muita atenção para a Ellen Burstyn: ela, que não emplaca uma indicação desde 2001 quando disputou com “Réquiem Para um Sonho”, agora, pode voltar à disputa em um dos filmes mais elogiados do último Festival de Veneza.
Falando em filme forte da temporada, “News of the World” é um deles, o que pode fortalecer a Helena Zengel que atua ao lado do Tom Hanks. Se ela conseguir roubar a cena de um dos maiores nomes do cinema americano, tem tudo para se tornar nome certo entre as indicadas. Por outro lado, a Saoirse Ronan surge cada vez mais fragilizada na briga, deixando de ser um nome certo. Culpa de um filme que não convence muito.
Sobre a Mary J. Blidge e a Audra McDonald, a gente vai ter mais certeza do que esperar delas quando “Respect” começar a ter as primeiras críticas divulgadas. Dois nomes curiosos também podem surgir na lista das indicadas: a primeira é Swandie, uma nômade, atriz não-profissional que trabalhou no favorito “Nomadland”. A outra é a Pryanka Chopra, atriz indiana que chegou até a vencer o Miss Mundo, fez vários filmes em Bollywood e que pode ser nomeada por “The White Tiger”, da Netflix.
Depois de pisar na bola com a ausência do elenco de “Parasita”, a Academia pode se redimir com a inclusão de Yohn Yhu-jung, por “Minari”. Por fim, tem a Kristin Scott Thomas reprisando um papel que rendeu uma indicação ao Oscar da categoria, em 1941, para a Judith Anderson. Quem sabe ela não repete a façanha?
Grandes Chances
As favoritas para indicações em Melhor Atriz Coadjuvante são a Olivia Colman, por “The Father”, Amanda Seyfried, de “Mank”, e, claro, a Glenn Close, por “Era uma vez um Sonho”.
Cá entre nós, esse Oscar está moldado para a Glenn Close. Lógico que como ela não dá muito sorte, nunca dá para cravar isso com 100% de certeza, porém, todo o cenário está moldado para isso.
Afinal, a personagem conta com uma transformação visual bem grande e expressiva, ela está no filme com mais cara de Oscar da temporada, aquele feito para você chorar e se emocionar do início ao fim, mesmo que ele um mar de clichês.
Para completar, a maior rival dela é justamente aquela que tirou o sonho do Oscar de Melhor Atriz em 2019.
Talvez, mais uma vez, a Olivia Colman esteja em um filme melhor do que o da Glenn Close, porém, uma nova conquista dela em cima da veterana iria ser prejudicial até mesmo para carreira dela porque o que iria ter de gente para pegar ranço da britânica não ia ser brincadeira.
Por fim, tem a Amanda Seyfried, que consegue o maior papel da carreira em “Mank” interpretando a Marion Davies.