No Oscar da diversidade, a categoria de atriz coadjuvante não poderia ter resultado diferente do que a vitória da Yuh-Jung Youn, por “Minari”.
Com isso, ela se torna a segunda atriz nascida da Ásia a levar o prêmio da Academia: a primeira foi Miyoshi Umeki, por “Sayonara”, em 1958.
Na sensível história do Lee Isaac Chung, a Yuh-Jung Youn interpreta a avó materna chegando para cuidar dos netos enquanto os pais dos garotos vão trabalhar.
A química dela com o Alan Kim e a leveza da personagem servem como alívios cômicos bem-vindos, mas, sem exageros dentro da história melancólica de “Minari”.
Apesar do sustinho da inesperada vitória da Jodie Foster no Globo de Ouro, a Yuh-Jung Youn dominou a embolada corrida de atriz coadjuvante.
Perdeu o Critics Choice para a Bakalova, mas, se recuperou ao levar o SAG e o Bafta, o que a tornou favorita para o Oscar.
SEM FAVORITAS E FORÇA DOS ASIÁTICOS: FATORES DECISIVOS
Contribuíram demais também dois fatores: primeiro, uma disputa que se mostrou sem favoritas desde o começo.
A Glenn Close não conseguiu se firmar nesta posição esperada com o fracasso de “Era uma vez um Sonho”.
O peso de ter vencido recentemente afastou a Olivia Colman, a Amanda Seyfried sofreu com a recepção morna a “Mank”, Jodie Foster, Ellen Burstyn ficaram pelo meio do caminho, enquanto a Bakalova era muito divisiva para a Academia.
O segundo ponto é a marca da diversidade, aqui, mirando os asiáticos dentro e fora de Hollywood.
Ano passado, “Parasita” fez história, mas, o elenco acabou esnobado. Esse Oscar da Yuh-Jung Youn é uma forma de corrigir esse pecado e também acenar para um mercado cada vez mais precioso para Hollywood.