Neste final de ano será lançado o livro “Some Kind of Hero: The Remarkable History of the James Bond Films” dos autores Matthew Field e Ajay Chowdury. Trata-se de mais um livro dedicado à mais longeva e bem sucedida franquia de cinema de todos os tempos, a do agente 007. Os autores realizaram mais de uma centena de novas entrevistas com vários envolvidos na produção dos (até agora) 24 longas oficiais do agente secreto James Bond.

Dentre as novas histórias reveladas pelo livro está o relato do ator Pierce Brosnan sobre a maneira como foi desligado da franquia. Brosnan interpretou Bond pela primeira vez em “007 Contra GoldenEye” (1995) e revitalizou o interesse no personagem após anos sem um novo longa nas telas. O ator irlandês depois encarnou Bond em mais três filmes, sendo o último deles o criticado “007: Um Novo Dia para Morrer” (2002).

“Estava nas Bahamas trabalhando num filme chamado ‘Ladrões de Diamantes’ e meu agente me ligou e disse que as negociações [com os produtores da franquia Michael G. Wilson e Barbara Broccoli] foram suspensas”, disse Brosnan no seu relato no livro. “Ele me disse que os produtores não tinham certeza do que queriam fazer. ‘Eles vão te ligar na próxima quinta’, ele disse. Então me sentei na casa de Richard Harris nas Bahamas e Michael e Barbara estavam do outro lado da linha. Disseram ‘Sinto muito’. Barbara estava chorando. Michael se manteve calmo e disse ‘Você foi um  grande James Bond, obrigado por tudo’. E eu disse ‘Obrigado. Adeus’. E foi isso. Fiquei chocado e me senti chutado para a sarjeta pela forma como aconteceu”.

Os autores do livro também revelam que Brosnan pediu um cachê muito alto para estrelar seu quinto filme como James Bond, e os produtores já estavam planejando dar um reboot na franquia, o que fariam com o filme seguinte, “007: Cassino Royale” (2006), estrelado por Daniel Craig. Esses dois fatores levaram à dispensa de Brosnan.