A vitória de “Ida” na categoria de Melhor Filme Estrangeiro representou o primeiro Oscar da história do cinema da Polônia. Mesmo com importantes cineastas como Andrzej Wajda, Krzysztof Kieślowski e Roman Polanski, o país europeu nunca havia conseguido uma estatueta da Academia.

A conquista no Oscar coincide com os 10 anos de criação do Instituto de Filme da Polônia, órgão responsável por intensificar a produção cinematográfica no país. “A Academia de Hollywood reconheceu a força e originalidade do cinema polonês. Estou muito feliz nesta noite e gostaria de estender meus agradecimentos ao diretor Pawel Pawlikowski e toda equipe”, afirmou o presidente do instituto, Agnieszka Odorowicz.

“Ida” se passa na Polônia em 1962 e traz a história de Anna (Agata Trzebuchowska), uma noviça de 18 anos que se prepara para celebrar os votos definitivos e tornar-se freira no convento onde vive desde criança. Antes, a madre obriga-a viajar à aldeia onde nasceu para conhecer a sua única parente viva, a tia Wanda (Agata Kulesza). Anna descobre que é judia e que o seu verdadeiro nome é Ida. Uma revelação que a força a escolher entre a identidade biológica e a religião que a salvou dos massacres provocados pela ocupação nazista.