O consórcio de investidores que compraria a produtora The Weinstein Company informou, nesta terça-feira (6), que a transação fracassou. O acordo da compra foi anunciado na última quinta-feira (1º).

“Todos trabalhamos honestamente para comprar os ativos da The Weinstein Company. Contudo, depois de assinar e entrar na fase de confirmação das diligências, recebemos informação decepcionante sobre a viabilidade desta transação”, disse Maria Contreras Sweet, que dirige o consórcio, em nota. “Como resultado, decidimos dar fim a esta compra”.

Essa foi a última reviravolta da longa saga sobre o futuro do estúdio de produção localizado em Nova York, que está à beira da falência desde que estourou, em outubro, o escândalo de denúncias de agressão sexual contra seu fundador, Harvey Weinstein.

Mais de cem mulheres acusam Weinstein de assédio, abuso sexual e estupro ao longo de 40 anos.

Contudo, Contreras Sweet não descarta futuras tentativas de criar uma nova empresa a partir das cinzas deixadas por Weinstein.

“Acho que nossa visão para criar um estúdio de gravação liderado por mulheres ainda é o curso de ação correto. Para isso, consideraremos adquirir ativos que possam ficar disponíveis em uma eventual falência, bem como outras oportunidades que estejam disponíveis na indústria do entretenimento”, apontou.

Na quinta, Contreras Sweet, que dirigiu a Secretaria de Pequenas e Médias Empresas no governo de Barack Obama, anunciou um acordo para comprar os ativos da produtora e lançar uma nova empresa.

Dias antes, a The Weinstein Company tinha anunciado que declararia a falência, porque o consórcio de investidores não aceitou cumprir algumas exigências.

O procurador do estado de Nova York, Eric Schneiderman, bloqueou no início de fevereiro um primeiro projeto de reativação de Contreras-Sweet, com o argumento de que os fundos previstos para indenizar as vítimas de abuso sexual por parte de Weinstein eram insuficientes.

Weinstein foi demitido do cargo de diretor da companhia após a revelação do escândalo, e depois renunciou ao conselho de administração.

da Agência France Press