Gênio ele não era, porém, passava longe de ser ruim e, muito menos, de ser um nome sem importância no mercado cinematográfico.

Tony Scott era daqueles não muitos conhecidos do grande público e que a crítica especializada insistia em não reconhecer seus méritos por ser diretor de longas de um gênero pouco inovador e visto como alienante: os filmes de ação.

Para piorar, ainda tinha um irmão também cineasta (Ridley Scott) com obras mais clássicas (“Blade Runner”, “Alien”, “Thelma e Louise”, “Gladiador”) e um nome mais forte e conhecido tanto no mercado quanto entre o público e crítica.

Mas, como ignorar alguém que tem no currículo “Fome de Viver”, “Top Gun”, “Dias de Trovão”, “Maré Vermelha”, “Inimigos do Estado”, “Jogos de Espiões”, “Déja Vu”? Aposto que, pelo menos, um desses você deve ter visto e gostado.

Podem não ser clássicos, é verdade, mas são filmes que conseguem realizar exatamente aquilo que se propõem: colocar você em tensão constante, com ótimas cenas de ação, utilizando de maneira clara e nada confusa o que recursos técnicos disponíveis em Hollywood tem de melhor e nos fazer sair satisfeitos da sala de exibição.

E, ora, o que é mesmo o cinema de ação hollywoodiano senão isso citado acima?

A perda de Tony Scott é um duro golpe a um gênero tão maltratado por tantos diretores picaretas da atualidade.

Que a inteligência e riqueza de seus trabalhos ecoem muito mais que tudo feito por Michaels Bays da vida!

Anthony David “Tony” Scott

(21/06/1944 – 19/08/2012)