A dramática história do lutador Emile Griffith chega aos cinemas nas mãos do diretor Lenny Abrahamson (“Frank”). Campeão nos anos 1960, o boxeador negro manteve em segredo o fato de ser bissexual e, durante a luta contra Benny Paret, atingiu o oponente com uma série de golpes ao ponto de causar a morte dele 10 dias depois.

A agressividade de Emile na luta muito se deve ao fato de Paret tê-lo provocado sobre a sexualidade dele durante meses antes do combate. Na pesagem, o adversário chegou a dar um tapinha na bunda de Griffith e o chamou de “maricón”. O massacre no duelo transmitido ao vivo pela TV norte-americana e todos os dias anteriores estão relatados no livro “A Man’s World: The Double Life of Emile Griffith”, escrito pelo jornalista Donald McRae.

Em grande momento na carreira com o elogiado “Room”, o diretor Lenny Abrahamson se disse empolgado com a trajetória do boxeador que, segundo ele, chega a ser difícil saber por onde iniciar a história. “Como um estudo de personagem, Griffith é incrivelmente atraente. Havia uma doçura e inocência nele, e ele nunca pareceu em conflito sobre sua sexualidade: na verdade, ele encontrou alegria. Ele habitava dois mundos – a cena gay underground em Nova York e o mundo machista do boxe. O estigma social naquela época foi terrível e criou uma pressão esmagadora sobre ele”, disse o cineasta.

Ainda não há data de início das filmagens e do lançamento.