Ficar sozinho em casa e escutar sons vindos de fora do quarto. Quem nunca ficou com medo dessa situação? O amazonense Lucas Martins encontrou neste fato cotidiano o mote para estrear com diretor de curtas-metragens em “Barulhos”. O filme está previsto para ser lançado no próximo dia 31 de maio durante a 2º Sessão de Cinema Amazonense, no Cinemark do Studio 5.

Com passagens como roteirista do curta “Expresso Morto Vivo” (2014), de Bernardo Oliveira, e produtor de “Parque Amazonense: Um Conto do Futebol Clássico” (2015) de Ari Santos, Lucas Martins revela que as primeiras versões do roteiro de “Barulhos”, feita ao lado de Max Michel (“O Compromisso”), começaram a ser escritas em dezembro de 2015, sendo o curta finalizado em abril deste ano. O filme conta com Paul Brown fazendo o único personagem do filme, um sujeito que chega em casa de um longo dia de trabalho e somente deseja dormir. Porém, sons estranhos vindos de fora do quarto dele compõem um cenário de mistério.

“Ao fazer um filme, dificuldades vem de várias partes, seja por imprevistos, a procura de orçamento, pontualidade e etc. Por isso, é muito gratificante ver que uma cena deu certo e saiu do jeito que originalmente imaginei e ter a sensação de satisfeito ao assistir meu primeiro filme realizado”, declarou em entrevista ao Cine Set. A equipe técnica contra com  Eva Pereira na parte de maquiagem, assistência de Cesar YoungBlood com apoio da Universidade do Estado do Amazonas, Amacine e outros patrocinadores.

“Quando tivemos o roteiro final e a equipe técnica, comecei a preparar a produção, indo atrás dos investidores, selecionando e mantendo contato com os patrocinadores e, ao mesmo tempo, escolhendo atores para o papel. Após conseguir o orçamento e o intérprete, comecei a preparação do Paul e, logo, depois os ensaios. A locação foi na casa do próprio ator que usou as  roupas dele mesmo para ajudar na naturalidade”, disse Lucas.

O amor de Lucas Martins pelo cinema teve início ao assistir o clássico de Alan Parker, “O Expresso da Meia Noite” (1978). “Foi o primeiro filme que assisti, escondido dos meus pais quando era bem pequeno, nas sessões de madrugada do SBT. A partir dali, fiquei chocado com a força do que era cinema. É simplesmente, na minha visão, a melhor e a mais satisfatória forma de contar algo”, declarou.

Com o sonho de continuar investindo no cinema, Lucas demonstra otimismo com a evolução da produção amazonense. “O nosso cinema amazonense é o mais jovem do Brasil e por isso, assim como eu, ainda está em desenvolvimento. Temos muito o que melhorar por aqui. Possuímos projetos de bons valores de produção e qualidade, mas que precisam ser mais trabalhados“, complementa.