Sufoco.
Não há palavra melhor que defina a experiência vivida por quem resolveu assistir a sessão de 21h40 de ‘O Hobbit’ no Cinemais do Millenium Shopping. Fila, atrasos, discussões, troca de sala, correria e problemas na exibição transformaram o que deveria ser uma diversão em um desagradável momento para o público.
Como já era esperado, uma hora antes do filme, fãs da saga comandada por Peter Jackson já formavam fila para a sessão legendada da Sala 5. Ao ser permitida a entrada, porém, o público foi encaminhado para a sala 6. Decisão que se mostrou mais do que equivocada, já que, dados obtidos através do site Cineclick apontam que a Sala 5 do Cinemais do Millenium possui 236 assentos, contra somente 186 da Sala 6. Funcionários do estabelecimento procurados por mim informaram que a troca foi causada por um problema no amplificador, o que, segundo eles, ocasionaria problemas no áudio no decorrer da sessão.
Como o lançamento de “O Hobbit” era mais do que esperado, o público compareceu em peso, o que levou a um déficit de vagas na sala para onde a sessão foi remanejada. Com isso, uma parte dos espectadores do filme que já haviam comprado o ingresso não tinham lugar para se sentar. Para piorar, pessoas que deixaram bolsas para guardar o assento enquanto compravam refrigerantes ou iam ao banheiro quando voltavam já encontravam suas cadeiras ocupadas por outras pessoas. O fato deu início a uma série de bate-bocas entre os espectadores, enquanto somente uma funcionária tentava minimizar a situação.
Já com 20 minutos de atraso, a gerência do Cinemais optou por uma nova troca do local de exibição, passando “O Hobbit” para a Sala 4, onde cabem 231 pessoas e comportaria o público do filme. Porém, como fazer com que as pessoas que chegaram cedo na fila e conseguiram os melhores locais se posicionassem nos mesmos assentos na outra sala? Invadida às pressas, a Sala 4 se tornou um caos com gente correndo pelas escadas e espectadores, sem um pingo de civilidade e educação, pisando em cima das cadeiras para conseguir os melhores locais.
Quem chegou mais tarde e estava em posições próximas à tela na Sala 6 saiu mais rápido e conseguiu melhores assentos na Sala 4. Já quem se deu mal com a troca, a turma que se posicionou primeiro na fila no saguão do Cinemais, procurou a gerência para tentar retomar os seus lugares. Novas discussões se formaram. Uma pequena parte do público, pensando somente em si, mandava quem estava em pé se sentar no chão, pois já estava tarde e queriam ver o filme. A sessão somente teve início às 22h40, uma hora após o programado e com uma parte dos espectadores fora da sala.
Pensa que acabou?
Antes de 30 minutos de filme, a projeção apresentou problemas na imagem e áudio, sendo interrompida após seguidas reclamações dos espectadores. Pouco depois, o filme foi retomado, mas apresentando irritantes variações no áudio e com trechos desfocados.
Essa foi a estreia de ‘O Hobbit’ em Manaus.
O que vai acontecer? Provavelmente nada.
Assim como a lei municipal que exige todos os caixas de cinemas abertos nos finais de semana. Descumpridas rotineiramente, aceitamos de maneira passiva o fato.
Nesta sexta, fui eu e mais de 200 tantos otários.
Amanhã, será você e os otários do seu lado.
Até quando?
Eu tb estava lá e atesto tudo que vc descreveu, foi um absurdo a falta de consideracao do cinema do millenium para conosco, consumidores. Apenas para complementar o que aconteceu, eu estava entre o grupo que foi prejudicado pela troca de sala e, depois de mt conversar c o gerente do cinema por telefone, aconteceu algo q nem nos acreditamos: a moça do cinema parou o filme, pediu para as pessoas la de cima sentarem la embaixo para q pudessemos sentar aonde estavamos antes, e recomecaram o filme. Equipe despreparada, nunca mais irei numa estreia no millenium, acabou c tds prejudicados.
Podem achar ruim dar exemplo de outros países mas quando não sabem fazer as coisas precisam copiar dos lugares mais desenvolvidos. Exemplo, nos estados unidos se o filme vai começar as 15h a sala é liberada com antecedência e no momento que começa o trailer não entra mais ninguem, é isso mesmo, portas fechadas, se a pessoa tiver o ingresso poderá troca-ló pela próxima sessão ou ter seu dinheiro de volta. Ótima iniciativa pois canso se ir no Manauara, millenium e etc.. as pessoas ficam entrando até mesmo quando o filme já começou e pra completar ainda ficam conversando e rindo procurando lugar como se tivesse em casa.
Sabe quem é o culpado disso? Nos mesmos, pois a maioria não reclama e acha tudo normal. Quando as pessoas começarem a exigir os seus direitos essa porcaria vai melhorar, até la.. vai ser esse atendimento péssimo que temos em Manaus, não só nos cinemas, mas na maioria dos lugares.
“Já quem se deu mal com a troca, a turma que se posicionou primeiro na fila no saguão do Cinemais, procurou a gerência para tentar retomar os seus lugares. Novas discussões se formaram. Uma pequena parte do público, pensando somente em si, mandava quem estava em pé se sentar no chão, pois já estava tarde e queriam ver o filme. ”
Só pra constar, não foi bem assim, não. Ninguém queria que eles sentassem no chão. A questão é que tinha muitos outros lugares na sala (alguns excelentes até), mas esse povo aí queria sentar EXATAMENTE nos mesmos assentos da sala antiga (primeiras filas do topo), aí já é demais, né? -.-
Valeu Fernando, Ivan e Thiago pelos comentários.
Agora, Thiago: várias pessoas que tive o desprazer de sentar ao lado pediam, sim, que as pessoas que exigiam seus lugares de volta sentassem no chão porque já estava tarde. Infelizmente, imperou, em certas pessoas, a lei do cada um por si.
Quanto a quem queria sentar nos seus lugares da outra sala, nada menos do que justo. Elas chegaram antes, ficaram na fila por, pelo menos, uma hora e tinham esse direito. Poderia até haver outros lugares bons, mas, não para a maioria. Colocar um pouco da culpa do caos no Cinemais nesses espectadores é ingenuidade e ignorância.
Pensando assim, escondemos o real problema enfrentado em nossa cidade: o despreparo das empresas em atender os seus clientes. É neles em quem devemos mirar e não em quem é lesado.
foi brilhante a ideia de colocar a música de zé ramalho, como reflexão ao dinamizarmos a leitura. Não e necessário assistir ao hobitt na estréia, como de principio isso iria acontecer. Desde 1982 eu tenho ido aos cinemas e confesso que já presenciei cenas tristes como a que o caio relatou. Nos tempos de cinema no centro ainda não havia tumultos assim. ainda tinha um pouco de ordem.
Ps: e por isso que eu não vou a estreia de grandes filmes, deixo-as para depois. ainda bem que eu vou bastante só ao cinema. se eu vacilar eu serei o único otário e não comprometo outras pessoas.