Alguns filmes não são simplesmente filmes. Tratam-se de verdadeiros fenômenos culturais capazes de gerar controvérsia mesmo antes do grande publico ter tido a chance de vê-los. O mais novo integrante desse clube seleto de filmes polêmicos é o aguardado “Cinquenta Tons de Cinza”, cujo lançamento mundial ocorre esta semana.

A controvérsia a respeito do filme é global, de acordo com reportagem publicada no Deadline Hollywood. Segundo a matéria, no Reino Unido um grupo já está se preparando para protestar contra a obra na pré-estreia a ser realizada nesta quinta. Natalie Collins, a porta-voz do grupo denominado “Cinquenta Tons é Abuso Doméstico”,  afirmou que “A história do filme cria um típico retrato de um abusador, que manipula sua parceira a fazer coisas que ela não quer e assim ganha controle sobre ela”. Collins admite, porém, que ainda não viu o filme.

Em mercados conservadores o longa está enfrentando problemas. O filme já foi banido na Malásia e na Indonésia, e embora a exibição no Líbano esteja assegurada, os censores do Kuwait, Bahrain, Qatar e Emirados Árabes estão criando dificuldades para o lançamento da produção, apesar de ainda não ter saído nenhuma definição oficial a respeito.

Na França o filme ganhou a classificação etária para 12 anos, enquanto que no Reino Unido a classificação foi mais rígida: 18 anos. O presidente do órgão de classificação francês chamou o filme de “banal” e disse não acreditar que muitas pessoas se chocarão com ele.

Essas polêmicas não deverão ter muito impacto no lançamento, que deve se tornar um grande sucesso de bilheteria. “Cinquenta Tons de Cinza” é baseado no best-seller da autora E. L. James e conta a história de Anastasia (Dakota Johnson), que inicia um romance com o milionário Christian Grey (Jamie Dornan). Com o tempo, ele envolve a moça nas suas práticas sexuais diferenciadas que envolvem sado-masoquismo. A direção é de Sam Taylor-Johnson e a estreia brasileira ocorre dia 12 de fevereiro.