CRÍTICA DE BOLSO: análises em formatos mais curtos de poucos parágrafos.

Mad Max: Estrada da Fúria” é um festival de insanidade sobre rodas que efetivamente traz uma das franquias de ação mais queridas pela galera alternativa ao século XXI com toda a pompa e o gore apropriados. O filme todo é estruturado como uma grande perseguição mas, a despeito da contínua ação, ele nunca esquece sua base cinematográfica, evitando o mal moderno de longas que se assemelham a demoradas demonstrações de videogame.

Parte disso vem da fotografia impecável de John Seale, que saiu da aposentadoria para filmar “Estrada da Fúria”. Lentes amplas, planos abertíssimos e tomadas aéreas espetaculares enchem a tela enquanto Mad Max (Tom Hardy) e Imperator Furiosa (Charlize Theron) tentam salvar escravas sexuais de um tirano (Hugh Keays-Byrne). A pós-produção rende o filme todo em laranjas e azuis impossíveis, dando um ar ainda mais cartunesco ao filme.

Grandes pirotecnias feitas ao vivo, com muitos dublês e figurantes de verdade, dão um tom bastante real ao filme e o roteiro, ainda que não tenha lá muita trama, consegue imprimir muita tensão do início ao fim, colocando sempre os personagens diante da possibilidade de uma morte horrível (o primeiro encontro de Max e Furiosa é incrivelmente tenso).

Com visuais acertados e uma aura totalmente alucinada, o novo Mad Max atualiza o exagero da ação oitentista para uma nova geração e dá ao personagem uma chance de retomar a franquia com sucesso.