É sempre tão desagradável escrever sobre um filme como este “Meu Passado Me Condena 2”. Fica sempre aquela sensação de que quem analisa é chato, incoerente, não possui capacidade de entender a proposta lúdica do filme, ou que não se deixa levar pelo entretenimento banal por sempre exigir que todo filme tenha algo de “arte”…

Não é isso. Não há sequer a possibilidade da investida nesta discussão, pois o filme não deixa. Trata-se apenas de um trabalho previsível e pouquíssimo envolvente. E só. E é assim há bastante tempo. E se é isso o que é oferecido, nem há muito o que falar também. E é isso o que o público gosta. É isso que é reconhecido no seriado do Multishow. Paciência.

O talentoso Fábio Porchat abraça um estilo tão histriônico e banal, que fica clara a piada pela forma, um humor baseado em equações, que soma o grito em determinada sílaba tônica de determinada palavra com um tropeço numa maleta, e voilà! Temos uma piada, não importa se ela não diz nada, nem se ela é engraçada, afinal é hilária!

O triste roteiro abraça estereótipos em todos os personagens, a trama não para de se repetir quando separa e reata a relação de Miá e Fábio, cena após cena, e o suposto quadrado amoroso é uma repetição meio simplificada e pouco inspirada do primeiro filme. E o final você já sabe, e isso nem é spoiler.

Mais um filme já visto anteriormente.