Foi anunciado nesta terça 19, pela agência de notícias ANSA, o falecimento do cineasta italiano Ettore Scola. Ele tinha 84 anos e desde o domingo, 17, estava internado na ala de cardiologia do hospital Policlino em Roma.

Nascido em 1931 em Trevico, Campania, na juventude Scola chegou a estudar direito e jornalismo, e até a trabalhar em rádio, antes de iniciar a carreira no cinema. Foi roteirista de vários filmes, mas começou a ser destacar depois de escrever o clássico “Aquele que Sabe Viver” (1962), estrelado por Vittorio Gassman e Jean-Louis Trintgnant. Sua estreia como diretor foi com o filme “Fale-me de Mulheres” (1964), mas foi na década seguinte que a carreira de Scola deslanchou internacionalmente.

Seu filme “Nós que Nos Amávamos Tanto” (1974) foi um grande sucesso e foi premiado com o César de Filme Estrangeiro. Seu projeto seguinte teve ainda mais repercussão: a comédia de ironia “Feios, Sujos e Malvados” (1976) lhe rendeu o prêmio de Melhor Diretor em Cannes. E logo após, o sensível “Um Dia Muito Especial” (1977) reuniu os astros italianos Sophia Loren e Marcello Mastroianni, e rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator para este último.

Outros títulos de destaque na sua filmografia são “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983) – vencedor do Urso de Prata de direção em Berlim – e “O Jantar” (1998). Seu filme mais recente foi “Que Estranho Chamar-se Federico” (2013), uma homenagem a outro mestre italiano, Federico Fellini.

*Texto original alterado para substituir a equivocada expressão humor negro.