No meio da maior pandemia em um século, o cinema enfrenta uma de suas maiores crises com salas fechadas ao redor do planeta e incertezas sobre os rumos do setor no Brasil amplificado pela (falta de) gestão do governo Bolsonaro. Ainda assim, o audiovisual segue em frente encontrando caminhos de resistência através da criatividade e resiliência dos artistas aliada aos dispositivos tecnológicos.
Realizado de forma totalmente online, o Festival Olhar do Norte abre espaço para experimentações e obras realizadas durante este período com a Mostra Olhar da Pandemia. São 13 filmes feitos a partir de março de 2020 em que o contexto da pandemia do COVID-19 é abordado de maneira direta ou indireta. Todas as produções vão disputar o prêmio de Melhor Filme.
CONFIRA TODOS OS DETALHES SOBRE OS FILMES:
Filme: A Quarentena de Gertrudes
Direção: Shaynna Pidori
São Paulo, 3 minutos
Sinopse: A protagonista é uma frequentadora de bingo e uma mulher solitária, que nunca gostou de animais. Incumbida de cuidar da galinha do filho durante o período de quarentena, estabelece uma relação afetiva com ela, descobrindo coisas que não sabia sobre a ave.
Filme: Bestiário
Direção: Eduardo Resing
São Paulo, 2 minutos
Sinopse: Depois de oitenta e sete dias em isolamento social, uma pessoa descobre não estar sozinha em sua casa.
Filme: COVID
Direção: Jimmy Christian
Amazonas, 7 minutos
Sinopse: A humanidade não estava preparada para enfrentar um vírus letal e muito menos o estado do Amazonas, os que duvidaram do COVID pagaram um preço muito alto.
Filme: Despejo
Direção: Lígia Souto
São Paulo, 2 minutos
Sinopse: Uma inquilina reflete sobre os sentimentos e segredos de sua casa diante de uma mudança iminente.
Filme: Feira de Mainha
Direção: Fabinho Santinho
São Paulo, 50 segundos
Sinopse: As feiras são lugares de partilha, trocas, vendas, preços e sociabilidade, principalmente para negros africanos e afrodiaspóricos. Com a pandemia em curso, se tornou impossível circular por estes espaços. Essa curta cria uma paisagem sonora, com sons de mais variadas feiras e dialoga com a situação atual do mundo moderno-colonial; articulando imagens leves, com paisagens sonoras da feira e uma crítica a redistribuição de valores dos corpos.
Filme: Isolamento Rural
Direção: Leonardo Gonçalves
Paraíba, 8 minutos
Sinopse: Filme trata da experiência do isolamento social na zona rural, tendo-se na observação do cotidiano de uma família de agricultores que vive no Assentamento Maria da Penha II, localizado na cidade de Alagoa Grande – PB. Assim, acompanhamos Maria Irece (63 anos) e seu marido Cristóvão (68 anos) que compartilham como suas vidas foram afetadas por causa do coronavírus.
Filme: O Drama
Direção: Rafael Anaroli
Pernambuco, 1 minuto
Sinopse: Um artista, um isolamento social, uma câmera e uma ideia. A questão de que tudo está sendo filmado através das milhares lentes espalhadas diante da nova realidade em busca de comunicação. Como criar sem sair de casa, mas não de dentro de si. Apesar do Drama, ainda é preciso sorrir.
Filme: Ouço Alguém Chorar
Direção: Romulo Sousa
Amazonas, 1 minuto
Sinopse: Um choro de criança de madrugada pode tirar o sono de qualquer um, especialmente numa casa tão vazia.
Filme: Parir Em Tempos de Cólera
Direção: Viviane Palandi e Júlia Salamé
Amazonas, 3 minutos
Sinopse: A vídeo-performance Parir em tempos de cólera nasce de um lampejo de não-lugar. Uma mulher e uma pergunta. Uma encruzilhada e uma ideia. Na pluralidade de decifrá-la a palavra parida é vermelho. Cor lampejante de fome. Gula por respostas. Um espirito canibal se apossou e a mulher comeu pedacinho por pedacinho ela mesma, em nome de um estado de sobrevivência. As imagens foram captadas nesse – nosso – tempo pandêmico, tendo os alimentos poéticos “Útero sem túmulo (ou banho da purificação)”, “A canção do Canibal” e “Mulher Cacto” da poeta Gloria Anzaldúa.
Filme: Pós Quarentena
Direção: Murilo Barbosa
Amazonas, 1 minuto
Sinopse: A ideia do curta é refletir em como nosso psicológico pode ter sido, estar sendo, ou como poderá ser afetado após este ano tão fora do comum. Refletir em como éramos antes e como ficaremos após estes momentos de distanciamento social, ainda mais sendo brasileiros tão habituados a sair e celebrar a vida sempre com tanto calor humano e aglomeração.
Filme: Respirar
Direção: Nelson Rossiter
Paraíba, 5 minutos
Sinopse: Falta-lhe ar. Pelo sobrepeso, pela máscara de proteção que cobre parte do seu rosto, pela espiral descendente na qual o país se encontra. No meio desse caminho sufocante, um chamado inesperado o faz mudar o itinerário. A sua necessidade agora é esta: respirar!
Filme: Pedalandoàcontra-mão
Direção: Ravi Aynoré
Sergipe, 6 minutos
Sinopse: Amigos se perdem em uma conversa gerando alterações de realidade
Filme: Ecoa
Direção: Rodrigo Ribeiro
São Paulo, 3 minutos
Sinopse: O curta mostra o cotidiano de um jovem que vive durante a pandemia em sua casa e tenta sobreviver com a enxurrada de notícias que ocorrem diariamente. Como sobreviver nesses períodos mas ainda cuidar de sua saúde mental?
Queridos, o diretor de a morte branca não é esse menino não!
Já corrigido, Giselle. Obrigado pelo alerta.