O início da temporada de premiações indicava para o primeiro Oscar da carreira de Willem Dafoe. Afinal de contas, da mesma forma como Gary Oldman chega com favoritismo absoluto entre as atuações masculinas principais, o destaque de “Projeto Flórida” venceria pelo trabalho excepcional da carreira construída ao longo dos últimos anos. Porém, surgiu Sam Rockwell.

Com uma carreira marcada por trabalhos em importantes filmes, mas, sem o espaço merecido (“As Panteras”, “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, “À Espera de um Milagre”), Sam Rockwell ainda trazia na ficção científica “Lunar” e no drama “Confissões de uma Mente Perigosa” os seus melhores trabalhos. Sem ser muito popular ou um galã, o ator parecia estar em uma má fase após projetos sem grande repercussão – “Encalhados”, “Poltergeist” e “Mr. Right” são os exemplos mais recentes.

Eis que ressurge na vida dele o diretor e roteirista Martin McDonagh. Os dois já havia se encontrado antes em “Sete Psicopatas e Shin Tzu” e, neste ano, fizeram juntos “Três Anúncios Para um Crime”. Combinando o jeito explosivo de um policial racista, homofóbico e violento com uma dose de infantilidade e até ingenuidade, Sam Rockwell cria um Oficial Jason Dixon do qual, ao mesmo tempo, sentimos repulsa e piedade.

Essa força do personagem alavancada por uma atuação capaz de entregar toda esta complexidade fez com que Willem Dafoe perdesse força e visse um dos destaques de “Três Anúncios Para um Crime” ficar com o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

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