O escândalo de corrupção que atingiu os principais dirigentes do futebol mundial prejudicou a carreira do filme “United Passions”. Não bastasse o fracasso, a produção ainda gerou constrangimento para o elenco, especialmente, para Tim Roth, intérprete do ex-presidente da Fifa e principal investigado pelo FBI, Joseph Blatter.

Em entrevista ao site Reddit, Tim Roth revelou ter aceito participar de “United Passions” pela necessidade de pagar a escola dos filhos. “O filme é ruim. Odiei fazê-lo. Era um filme errado, mas, feito pelas razões certas. Tenho dois filhos no colégio, então, tive que tomar uma decisão e, provavelmente, foi equivocada. Mas, a partir do momento em que você decide, é preciso seguir em frente. É um caminho difícil estar envolvido em algo que você não quer fazer, porém, estou feliz que fiz pela minha família”, declarou.

Tim Roth ainda criticou a decisão de “United Passions”, em nenhum momento, abordar denúncias de corrupção. “Pensei que o filme seria muito mais sobre a corrupção do que sobre esse cara (Blatter).  Não sei se ele vai ser preso, ele parece sobreviver a tudo que está envolvido. Parece não haver jeito de pegar essas pessoas por todas as grandes empresas por trás deles”, disse, salientando ainda que, pelo menos, o ex-presidente da Fifa está mais exposto agora do que no passado.

“United Passions” é um dos maiores fracassos da história do cinema moderno. Dirigida por Frederic Auburtin, a produção orçada em US$ 27 milhões com Tim Roth e Gérard Depardieu arrecadou meros US$ 607 no fim de semana de estreia. O filme, que explora os 111 anos de história da Fifa, tenta mostrar a entidade como uma força para o bem ao mesmo tempo insinuando corrupção e peculato, sem aprofundar o assunto.