Daniel Craig já insinuou a saída da série James Bond várias vezes. Com o diretor Sam Mendes fora da franquia, o ator inglês está próximo também de deixar de ser o agente secreto mais famoso do mundo. Craig protagonizou quatro filmes da série – “007 – Cassino Royale”, “007 – Quantum of Solace”, “007 – Operação Skyfall” e “007 Contra Spectre”.

A equipe do Cine Set, então, resolveu escolher seus favoritos para assumir o cargo de 007. Veja quais foram os escolhidos de cada um dos integrantes do site:

André Maués
Ator escolhido: Idris Elba

Para mim, a escolha deste veterano ator britânico seria o próximo passo ideal na modernização da saga de espionagem. Com a entrada de Daniel Craig, James Bond passou a exibir uma carga de “dureza” até antes nunca vista e que trouxe uma bem-vinda dose de realidade para a série. Com Elba, essa característica seria mantida e com o diferencial de termos o primeiro Bond negro. Independentemente da ainda recente polêmica do #OscarsSoWhite, Elba possui carisma e talento de sobra para encarnar o personagem. Ele está no ponto ideal da carreira, em que é um rosto relativamente conhecido na indústria, mas que ainda não está tão atrelado a nenhum personagem específico (exatamente como era Craig antes de Cassino Royale). A sua idade de 43 anos, porém, pode ser um fator desfavorável, já que a maioria dos atores que abocanharam o papel ainda estavam na faixa dos 38 anos.

Caio Pimenta
Ator escolhido: Michael Fassbender

Claro que a escolha de um ator negro seria importante demais nessa época de mais diversidade racial no cinema americano. Porém, Idris Elba, o mais forte candidato ao posto, não me convence. Um ator correto com apenas um bom trabalho na carreira, no caso, “Beasts of no Nation”. Minha aposta, então, vai na contramão disso: Michael Fassbender. O alemão é um dos melhores da atual geração e consegue acumular grandes franquias (“X-Men”, “Prometheus” e “Assassin’s Creed”) com produções mais artísticas (“Shame”, “Macbeth – Ambição e Guerra” e “Steve Jobs”). James Bond ganharia muito com a chegada de Fassbender.

Camila Henriques
Ator escolhido: Idris Elba

Se é pra renovar, que seja com um dos melhores atores da atualidade. Assim como Daniel Craig em 2006, Elba oferece a dose de frescor e de charme certa para uma franquia que vez ou outra dá sinais de cansaço. Já está mais do que na hora de o smoking inconfundível de Bond ser vestido por um ator negro e não há nome mais badalado que o de Elba para isso.

Danilo Areosa
Ator escolhido: Damian Lewis

Meu escolhido é Damian Lewis. Para quem o acompanha desde a minissérie Band of Brothers, sabe o quanto ele é um grande ator, hoje perceptível graças ao seriado Homeland. Com Lewis no front, a franquia abriria o leque para um ator mais versátil, que geralmente encontra o tom ideal para compor personagens complexos, vide seus trabalhos na televisão. Ele apresenta também o carisma, o charme e a postura necessários para encarnar o célebre espião. Seria interessante ver o ator ascender da TV – onde exerce reconhecimento por parte da crítica – para o cinema. Sem contar que seria exótico ver o primeiro Bond ruivo na tela grande.

Gabriel Oliveira
Ator escolhido: Idris Elba

Quando se fala em um novo nome para assumir os ternos impecáveis e o Dry Martini de James Bond, uma sugestão recorrente (e até um pouco óbvia) é o nome de Idris Elba. Elba não só tem o talento, o porte e a elegância necessários para o personagem, como também o potencial de causar furor ao ser escalado, tanto por enfim atingir um público mais diverso quanto por despertar polêmicas e a ira daquela mesma parcela de público que não conseguiu lidar com um Tocha Humana negro. Para o bem ou para o mal, buzz é o que não faltaria ao filme, e seria interessante vê-lo no papel, especialmente em tempos que Hollywood anda na vibe #OscarSoWhite.

Ivanildo Pereira
Ator escolhido: Dan Stevens

Eu adoro James Bond e cresci com os filmes, por isso me interesso pelo futuro da cinquentenária cine-série. Quando me perguntam quem vai substituir Daniel Craig, sempre acho que os donos da franquia vão prosseguir na abordagem clássica: vão pegar alguém que tenha feito um pouco de TV e alguns filmes e tenha sido notado neles. Não vão escolher um astro já estabelecido (nada de Michael Fassbender ou Tom Hardy, como já andaram falando aí), e não acredito no Idris Elba – eu adoraria ver um Bond negro, mas acho que se forem por essa linha escolherão um ator mais jovem. Então, se o padrão do homem branco continuar, a minha escolha dentro daqueles critérios seria o inglês Dan Stevens, o cara de “Downton Abbey” (credenciais de TV, com um belo trabalho na série) e que fez um ótimo suspense indie chamado “The Guest” em 2014, infelizmente não lançado aqui. Em “The Guest” ele é misterioso, faz cenas de ação e até demonstra agradar à mulherada, algo sempre necessário para os pretendentes ao papel. De novo, eu gostaria de ver ousadia e uma escolha fora do padrão, mas se forem seguir na linha clássica de 007, Stevens seria uma ótima opção.

Lucas Jardim
Ator escolhido: Idris Elba

Dos nomes que mais têm pipocado na disputa pelo papel mais famoso do cinema britânico, o de Idris Elba é o que mais me chama a atenção, principalmente pelo ineditismo. Ele representaria o primeiro 007 negro da história e isso daria aos roteiristas toda uma vida pregressa distinta para explorar, para não falar de uma nova chance de uma “história de origem”, essa pepita dourada quando o assunto é franquia. Elba reforçaria a ideia (plausível) de que “James Bond” é título e não uma pessoa e, portanto, passado entre agentes, bem como consolidaria formalmente a ideia da EON de reinventar seu personagem no maior estilo comics, abrindo a possibilidade de diversas encarnações diferentes do agente, o que serviria para mexer com o que mais engessa a franquia: o “padrão Bond de roteiro”. Torçamos.

Renildo Rodrigues
Ator escolhido: Clive Owen

Talvez eu esteja jogando fora uma oportunidade de apostar na diversidade, de elencar um grande ator fora do padrão homem branco-olhos claros, mas a verdade é que, desde a saída de Pierce Brosnan, minha aposta de James Bond perfeito seria… Clive Owen. (Lembra dele?)

Depois de mostrar talento e elegância em filmes como Crupiê (1998) e de explodir como ator dramático em Closer: Perto Demais (2004), Clive parecia destinado a uma carreira brilhante no cinema. Mas, desde então, ele e eu já criamos musgo de tanto esperar. Um ótimo protagonista em Filhos da Esperança (2006) e boas participações em Sin City: Cidade do Pecado (2005) e O Plano Perfeito (2006) são os créditos de Owen em 2016.

Talvez eu tenha visto coisa demais no seu trabalho em Closer, mas acho que o olhar intenso e angustiado do ator, a capacidade de ser agressivo, polido e vulnerável conforme as demandas da trama, o colocam como uma perfeita continuação da linha que Daniel Craig vinha desenvolvendo desde Casino Royale (2006). E – não custa sonhar – seria o trampolim ideal para Owen decolar de novo.

Mas são apenas conjecturas: dado o seu status atual, ninguém menos icônico para viver o grande espião. Mas não era James Bond o cara das missões impossíveis? Opa, não era.