MELHOR ATOR DE 2015 PELO CINE SET

  1. Michael Keaton – Birdman” – 156 pontos
  2. Steve Carell – “Foxcatcher” – 89 pontos
  3. David Oyewolo – “Selma” – 85 pontos
  4. Eddie Redmayne – “A Teoria de Tudo” – 61 pontos
  5. Irandhir Santos – “Permanência”, “A História da Eternidade” e “Obra” – 60 pontos


Caio Pimenta

  1. Irandhir Santos – “Permanência”, “A História da Eternidade” e “Obra”
  2. Steve Carell – “Foxcatcher”
  3. Marco Ricca – “Chatô – O Rei do Brasil”
  4. Michael Keaton – “Birdman”
  5. Romain Duris – “Uma Nova Amiga”
  6. Haluk Bilginer – “Sono de Inverno”
  7. Joaquin Phoenix – “Vício Inerente”
  8. Mathieu Amalric – “A Pele de Vênus”
  9. Eddie Redmayne – “A Teoria de Tudo”
  10. Oscar Isaac – “O Ano Mais Violento”

Comentários

O nome de 2015 do cinema nacional foi Irandhir Santos. E poderia ter sido ainda mais brilhante caso “A Luneta do Tempo” tivesse sido lançado. Steve Carell não esqueceu do humor ao compor a figura patética do empresário símbolo de uma América paranóica e ainda mostrou talento dramático insuspeito. Somente em 2015 tivemos a oportunidade de ver o trabalho de um jovem Marco Ricca como Assis Chateaubriand.

Michael Keaton não venceu o Oscar, mas, encarna com perfeição o papel da vida dele igual ocorrera com Mickey Rourke em “O Lutador”. Romain Duris está excelente neste polêmico filme do sempre ótimo François Ozon, enquanto Haluk Bilginer cria um dos sujeitos mais asquerosos dos últimos anos no cinema. Joaquin Phoenix encaixa perfeito na psicodelia proposta por Paul Thomas Anderson e Mathieu Amalric se despe da vaidade como poucos em “A Pele de Vênus”.

Eddie Redmayne se mostra um talento ao conseguir fazer “A Teoria de Tudo” ser um filme além do medíocre e, por fim, Oscar Isaac consolida um talento com potencial para muito mais.


Camila Henriques

  1. Michael Keaton – “Birdman”

  2. David Oyelowo – “Selma”

  3. Marco Ricca –  “Chatô – O Rei do Brasil”

  4. Abraham Attah – “Beasts of No Nation”

  5. Miles Teller  – “Whiplash”

  6. Oscar Isaac – “O Ano Mais Violento”

  7. Steve Carrell – “Foxcatcher”

  8. Chadwick Boseman – “James Brown”

  9. Irandhir Santos – “Permanência”

  10. Eddie Redmayne – “A Teoria de Tudo”

Comentários

Não há como não reconhecer o trabalho metalinguístico de Michael Keaton em “Birdman”. Se ele perdeu injustamente o Oscar, David Oyelowo não chegou nem perto da estatueta com sua encarnação de Martin Luther King em “Selma”.

Assim como Oyelowo, Marco Ricca também convenceu (e ainda nos divertiu) como uma das figuras mais conhecidas do século 20 no polêmico “Chatô”. O jovem Abraham Attah foi uma revelação em “Beasts of No Nation”, enquanto Miles Teller e Oscar Isaac confirmaram o status de atores mais promissores da nova geração – o primeiro, como o músico em busca da perfeição em “Whiplash” e o segundo como o bonzinho em meio ao mundo cinza da máfia em “O ano mais violento”.

Em que pese os problemas de ritmo de “Foxcatcher”, não dá para negar o trabalho de Steve Carrell, que se transformou física e emocionalmente no perturbado milionário que investe em luta greco-romana. Na pele de James Brown, Chadwick Boseman foi suingue puro. Já Irandhir Santos apresentou mais um trabalho nota dez em “Permanência”. Por fim, a entrega de Eddie Redmayne foi a única coisa que fez de “A Teoria de Tudo” um filme assistível.


Danilo Areosa

  1. David Oyelowo – “Selma – Uma Luta pela Igualdade”
  2. Irandhir Santos – “Permanência” e “A História da Eternidade”
  3. Steven Carell – “Foxcatcher”
  4. Marco Ricca – “Chatô – O Rei do Brasil”
  5. Oscar Isaac – “O Ano Mais Violento”
  6. Michael Keaton – “Birdman”
  7. Eddie Redmayne – “A Teoria do Tudo”
  8. Benedict Cumberbatch – “O Jogo da Imitação”
  9. Jack O’Connell – “Invencível” e “71 – Esquecido em Belfast”
  10. Milles Teller – “Whiplash” 

Comentários

Nem Keaton e Redmayne, a grande atuação do ano foi de Oyelowo. Ele que tinha uma tarefa ingrata de interpretar uma das maiores personalidades da história americana, o líder negro Martin Luther King, não se intimidou e mostrou desenvoltura emSelma –  Uma Luta pela Igualdade. Já Irandhir Santos mais uma vez demonstra que é o melhor ator do cinema nacional, se destacando em duas interpretações marcadas por sutilezas como Permanência e Historia da Eternidade. 2015 também serviu para mostrar que não apenas de comédia respira Steven Carrel. Em Foxcatcher ele encena um dos personagens mais sórdidos do cinema. Se toda polêmica envolvendo ChatôRei do Brasil e Guilherme Fontes nos últimos 20 anos levou muita gente a duvidar dele, o resultado final além de ser bem acima da média, conta com uma atuação inspiradíssima de Marco Ricca.

E o ano de 2015 foi ótimo pra Oscar Isaac, não apenas pelo destaque em filmes como Ex-Machina e o novo Star Wars, mas pela sua atuação cheia de personalidade como Abel Morales um sujeito que tenta manter sua moralidade em um mundo corrompido pelo poder em O Ano Mais Violento. No quesito indicados ao Oscar de melhor atuação masculina, não dá para negar que tivemos ótimas interpretações, ainda que os filmes fossem burocráticos e medianos. É o caso Redmayne – vencedor do prêmio – e Cumberbatch que brilham mais do que seus respectivos filmes, Teoria do Tudo e O Jogo da Imitação. Michael Keaton teve uma sorte melhor, até porque Birdman é um filme mais ousado e interessante que os outros dois trabalhos dos seus concorrentes. Para fechar o ano no quesito masculino, tivemos boas revelações como é o caso de Jack O’Connell que salvou O Invencível de Angelina Jolie do marasmo total e versatilidade no eficiente 71 – Esquecido em Belfast. Por fim, Milles Teller em nenhum momento se acovardou em enfrentar J.K.Simmons em Whiplash, personificando de forma magistral seu Andrew como um jovem obsessivo em busca da perfeição. Mais Whiplash na vida deste rapaz do que Quartetos Fantásticos.


Gabriel Oliveira

  1. Michael Keaton – “Birdman (ou a Inesperada Virtude da Ignorância)”
  2. David Oyelowo – “Selma – Uma Luta pela Igualdade”
  3. Tom Hardy – “Mad Max – Estrada da Fúria”
  4. Miles Teller – “Whiplash – Em Busca da Perfeição”
  5. Domhnall Gleeson – “Ex Machina – Inteligência Artificial”
  6. Tom Hanks – Ponte dos Espiões”
  7. John Boyega – “Star Wars – Episódio VII: O Despertar da Força”
  8. Tom Hiddleston – A Colina Escarlate”
  9. Eddie Redmayne – A Teoria de Tudo”
  10. Tom Cruise – Missão Impossível – Nação Secreta”

Comentários

Apesar dos chiliques pós-Oscar, Michael Keaton era realmente o homem a ser premiado como Melhor Ator no Oscar do ano passado. Não deu, mas resta a torcida para a renovação da carreira em Birdman ter surtido êxito e gerar mais boas atuações e indicações – esse ano, já vem Spotlight por aí com o ator… Esnobado pelas premiações, David Oyelowo consegue retratar Martin Luther King como mais que uma figura mítica, e sim como um homem real, com um fardo a carregar e muitas dúvidas pelo caminho.

Não chegam a ser cinquenta, mas muitos “Tons” marcam presença na lista (tum-tum-tss): Tom Hardy assume o manto de Mel Gibson em Mad Max; Tom Hanks é mais uma vez um homem comum fazendo algo extraordinário; Tom Hiddleston incorpora com elegância as ambiguidades e mistérios de seu personagem em A Colina Escarlate; e Tom Cruise se pendura em aviões está cada vez mais especializado em ser Tom Cruise – o que, para Missão Impossível, é ótimo.

Completando a escalação, Eddie Redmayne apresenta mais uma vez o combo deficiência física + superação, Miles Teller traz doses de ambição e arrogância que esbarram em J.K. Simmons em Whiplash, Domhnall Gleeson sustenta as tensões e viradas de Ex Machina mesmo sem o rebolado do colega de cena Oscar Isaac, e John Boyega conquista os fãs de Star Wars com muito carisma e um excelente timing cômico.


Ivanildo Pereira

  1. Michael Keaton – Birdman”
  2. Joaquin Phoenix – Vício Inerente”
  3. Matt Damon – Perdido em Marte”
  4. Oscar Isaac – O Ano Mais Violento”
  5. Steve Carrell – Foxcatcher”
  6. Michael Fassbender – Frank”
  7. Tom Hardy – Mad Max: Estrada da Fúria”
  8. Marco Ricca – Chatô, o Rei do Brasil”
  9. Jake Gyllenhaal – Nocaute”
  10. Eddie Redmayne – A Teoria de Tudo”

Comentários

Às vezes um bom ator consegue levantar um projeto mediano: casos de Redmayne e Gyllenhaal, os dois últimos colocados do meu ranking. Outros desempenhos da minha lista ganharam destaque pela energia, como foram os casos de Ricca, Carrell e Hardy. São três atuações estranhas, mas no bom sentido, e que acabam conquistando o espectador – Hardy ainda teve de superar o fantasma do Mel Gibson, de quem herdou o papel de Mad Max, mas para mim ele superou seu antecessor. Reconheçamos: por mais carismático que Gibson fosse, ele basicamente interpretava a si mesmo, enquanto Hardy é um ator completo.

Fassbender mostrou não possuir vaidade e muita entrega com sua curiosa atuação na bizarra comédia Frank, enquanto Isaac e Damon dominaram suas histórias com tanto carisma e segurança que acabam por ofuscar os demais atores ao seu redor. Uma atuação pouco comentada, mas que em minha opinião foi brilhante, foi a do imprevisível Phoenix em Vício Inerente – a parceria dele com Paul Thomas Anderson realmente é especial e quase toda a diversão do filme provém do ator.

Mas Keaton foi insuperável. Com sua energia maníaca e fazendo bom uso da carga que sua presença em Birdman trazia, o ator teve um desempenho sensacional que uniu as suas habilidades: ele sempre foi ótimo tanto no drama como na comédia. Este foi o desempenho mais especial do ano, num filme ousado e sem limites, e no qual o ator deu tudo de si. Pena que o Oscar resolveu premiar o mais fácil, mas isso é assunto para outra discussão…


Lucas Jardim

  1. Michael Keaton – “Birdman”
  2. Eddie Redmayne – “A Teoria de Tudo”
  3. Johnny Depp – “Aliança do Crime”
  4. David Oyelowo – “Selma”
  5. Irandhir Santos – “A História da Eternidade”
  6. Omar Sy – “Samba”
  7. Miles Teller  – “Whiplash”
  8. John Boyega – “Star Wars: O Despertar da Força”
  9. Matt Damon – “Perdido em Marte”
  10. Tom Hardy – “Mad Max: Estrada da Fúria”

Comentários

Não partilho da opinião da Academia e mantenho que o Oscar deste ano pertencia a Keaton. Sua interpretação cheia de nuances em “Birdman” é um primor, ainda mais se levarmos em conta o quanto a sua própria vida tem em comum com o protagonista. Isso não descredita, no entanto, o vigor da atuação de Redmayne em “A Teoria de Tudo”, em que sua transformação física no físico Stephen Hawking emociona e assombra.

No mais, as grandes atuações masculinas se dividiram em papeis sensíveis como o de Irandhir Santos em “A História da Eternidade” e Omay Sy em “Samba”, e mais cômicos/aventureiros como os de John Boyega em “Star Wars: O Despertar da Força” e Matt Damon em “Perdido em Marte”.


Renildo Rodrigues

  1. Eddie Redmayne – “A Teoria de Tudo”
  2. Michael Keaton – “Birdman, ou a Inesperada Virtude da Ignorância”
  3. Steve Carell – “Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo”
  4. David Oyelowo – “Selma: A Luta pela Igualdade”
  5. Marco Ricca – “Chatô: O Rei do Brasil”
  6. Oscar Isaac – “O Ano Mais Violento”
  7. Joaquin Phoenix – “Vício Inerente”
  8. Irandhir Santos – “Permanência”
  9. Benedict Cumberbatch – “O Jogo da Imitação”
  10. Bradley Cooper – “Sniper Americano”

Comentários

Polêmica: aqui, NÃO vou fazer justiça ao trabalho de Keaton em Birdman – supondo que colocá-lo em segundo lugar não seja fazer justiça. Tanto o veterano ator americano quanto o quase novato inglês maravilharam com suas performances sensíveis e nuançadas, a despeito da qualidade do material que encararam – e, no caso de Eddie Redmayne, a lacrimosa cinebiografia de Stephen Hawking tinha tudo para ser apenas piegas, não fosse a impressionante força de seu olhar e de seus gestos mínimos.

É a mesma marca de outras atuações assombrosas do ano passado: o também inglês Oyewolo, como o americano Martin Luther King, em Selma; Benedict Cumberbatch dando vida a um personagem que só existia em documentos obscuros, o matemático Alan Turing (O Jogo da Imitação); e, principalmente, Steve Carell, como o monstruoso John Du Pont de Foxcatcher.

Mas também há grandes trabalhos que primam pelo oposto: performances loucas, desvairadas, como o estupendo Marco Ricca de Chatô, ou o chapado “Doc” Sportello de Joaquin Phoenix, em Vício Inerente.

E, ainda, o ator mais consistente de 2015: Oscar Isaac. Desde a celebridade trazida por Inside Llewyn Davis, o guatemalteco-americano vem agarrando cada oportunidade com força e convicção, deixando sua marca em trabalhos tão díspares (e instigantes) quanto Ex Machina: Instinto Artificial, o novo Star Wars e este O Ano Mais Violento. Para todos os gostos, como se vê.


Susy Freitas
  1. Steve Carell – “Foxcatcher”
  2. Michael Keaton – “Birdman”
  3. Benedict Cumberbatch – “O Jogo da Imitação”
  4. Eddie Redmayne – “A Teoria de Tudo”
  5. Miles Teller – “Whiplash”
  6. Michael Fassbender – “Macbeth”
  7. Tom Hardy – “Mad Max: Estrada da fúria”
  8. Johnny Depp – “Aliança do crime”
  9. Karl Glusman – “Love”
  10. Irandhir Santos – “Obra”

Comentários

Sim, os fantasmas do Oscar passado novamente ressurgem na lista de melhores dentre os filmes lançados em 2015. Só que dessa vez Steve Carell rouba a estatueta de Eddie Redmayne e fica no topo da lista, seguido pelo concorrente de peso Michael Keaton. Já Cumberbatch crava o terceiro lugar, ainda acima do vencedor do Oscar, Eddie Redmayne, que, junto com Felicity Jones, é a única coisa não canastrona em “A teoria de tudo”.

Na subcategoria “jovens que deram o sangue pelo papel”, entraram Miles Teller de “whiplash” e Karl Glusman, de “Love”, filme que é bem regular, mas não por conta da entrega de seu elenco. Já Fassbender entrou quase que como trapaça, pois era praticamente impossível ele não impressionar com um filme baseado em Shakespeare.

A surpresa da lista surgiu graças a Johnny Depp em “Aliança do crime”, acerto raro hoje em sua carreira. Melhor sorte na escolha de seus papeis tem Tom Hardy, que em “Mad Max: Estrada da Fúria” faz muito mais que honrar o icônico papel de Mel Gibson. Fechando a lista fica o brasileiro Irandhir Santos, que também encontrou no não dito a chave para o sensível trabalho em “Obra”.


COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:

Cada um dos oito críticos do Cine SET elegem o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados no circuito comercial do Brasil entre 1o de Janeiro e 31 de Dezembro de 2015.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!


Veja as outras listas de 2015:

Melhor Cena do Ano
Melhor Coadjuvante do Ano
Pior Filme do Ano
Melhor Diretor do Ano