Próximo ao lançamento de “Os 8 Odiados”, Quentin Tarantino resolveu dar uma série de entrevistas polêmicas. Se para Barack Obama foram só elogios, o cineasta não poupou as produções independentes e de pequeno porte. Sobrou até para a ganhadora de dois Oscars, Cate Blanchett.

Em entrevista à revista New York, Tarantino protestou contra a falta de força dos filmes atuais para sobreviverem com o passar do tempo. “Metade dos filmes da Cate Blanchett, por exemplo, são essas produções de ‘arte’. Não estou dizendo que são filmes ruins, mas não acho que consigam ter vida própria”, afirmou. O diretor de “Pulp Fiction” considera que, apesar de atraírem mais verbas, estrelas de Hollywood e até indicações ao Oscar, as produções independentes não conseguem mais ter a mesma longevidade das feitas nos anos 1990.

“São bons (os filmes independentes atuais), mas eu não sei se eles têm a mesma força vista nas produções realizadas nas décadas de 1970 e 1990. Não sei se vamos falar de “Atração Perigosa”, “Minhas Mães e Meu Pai” e “Educação” daqui a 20 ou 30 anos”, declarou Tarantino, citando ainda “Notas Sobre um Escândalo” e “Philomena” como outros exemplos.

Inspirado, Tarantino ainda traçou comparações entre o “impecável elenco” de “O Vencedor” e o “apenas bonito” de “Atração Perigosa”. “Quando você olha para o David O. Russell escalando aquelas irmãs e observa Ben Affleck chamando Blake Lively, não dá para comparar os filmes. Um só mostra como o outro é falso“, disse.

Previsto para estrear nos cinemas brasileiros em 14 de janeiro de 2016, o novo filme de Quentin Tarantino, “Os 8 Odiados” se passa cerca de uma década após a Guerra Civil Americana (1861-1865). Uma diligência se acidenta no rígido inverno do Wyoming e os passageiros fogem do frio em direção à cidade de Red Rock, e os percalços dessa fuga são o foco da trama. Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Jennifer Jason Leight, Tim Roth e Bruce Dern integram o elenco do projeto.