Um filme estrelado por Rooney Mara promete incendiar os polêmicos casos de estupro de Hollywood, como os que envolveram Bill Cosby, Woody Allen e, mais recentemente, Nate Parker, diretor e protagonista de “The Birth of Nation”, grande favorito aos Oscar de 2017.

“Una” relata um relacionamento entre uma garota de 13 anos, mais tarde vivida por Mara, e um homem de 40 (Ben Mendelsohn). O filme promete polêmica por não colocar os personagens nas posições de vítimas e abusadores, mas levanta questões: O homem é um criminoso ou uma boa pessoa? Era amor ou abuso?

Em entrevista ao jornal “Los Angeles Times”, o diretor Benedict Andrews afirmou que não é uma questão de aliviar a barra do criminoso. “Não há desculpas para o que aconteceu entre Ray e Una (os personagens). É uma relação criminosa inaceitável, mas a história é como se olha para a questão”, disse.

Entenda o caso de Nate Parker

Assim como “Una”, “The Birth of a Nation” estará no Festival de Toronto. O filme está cotado para ser um dos favoritos ao Oscar, mas diretor e roteirista, Jean Celestin, são acusados de estupro.

Embora Parker tenha sido absolvido das acusações, novas revelações do caso eclipsaram o lançamento do filme, que estreará no dia 7 de outubro nos Estados Unidos após ser a sensação absoluta da última edição do Festival de Cinema independente de Sundance e já como firme candidato ao Oscar, especialmente por seu importante conteúdo racial.

Os fatos remontam a 1999, quando uma jovem, de entre 17 e 18 anos e cuja identidade é mantida em segredo, acusou Parker e Celestin, então estudantes universitários em Penn State, de a terem violentado quando estava inconsciente após ter bebido.

Os dois negaram as acusações de estupro e argumentaram que a relação sexual foi consentida.

Parker, que previamente tinha mantido relações sexuais com a garota que ambas as partes definiram como pactuadas, foi absolvido no julgamento, enquanto Celestin foi condenado inicialmente, mas ganhou a apelação uma vez que a vítima se negou a testemunhar em uma nova audiência.

O site especializado “Variety” revelou agora, após falar com o irmão da jovem, que esta se suicidou em 2012 com uma overdose de soníferos.

O “Variety” afirmou que não há provas que relacionem diretamente o suicídio da mulher com o caso, enquanto o irmão declarou que a jovem sofreu de uma grave depressão após o incidente.

Durante o julgamento, a jovem afirmou que tinha tentado se suicidar duas vezes após o estupro.

O tempo todo, e em qualquer declaração sobre este tema, Parker disse que é inocente e, em mensagem publicada em seu perfil no Facebook depois que o caso voltou à tona, ressaltou de novo que oa relação sexual foi “inequivocamente pactuada”.

da Agência EFE