O filme “Baronesa”, da diretora Juliana Antunes, recebeu neste sábado (28) o Troféu Barroco de melhor longa metragem da Mostra Aurora, que exibiu filmes de idealizadores em início de carreira, na noite de encerramento da 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

A diretora de fotografia do longa, Fernanda de Sena, recebeu o prêmio de destaque feminino Helena Ignez, que leva o nome da atriz e cineasta homenageada pela mostra e que foi entregue pela primeira vez nesta edição do evento.

Entre os curtas, o destaque foi “Vando Vulgo Vedita”, de Andréia Pires e Leonardo Mouramateus, que recebeu o prêmio Aquisição Canal Brasil de melhor curta e o Troféu Barroco de melhor curta da Mostra Foco eleito pelo júri da crítica.

O filme maranhense “Lamparina da Aurora”, de Frederico Machado, recebeu o Prêmio Carlos Reichenbach de melhor longa da Mostra Olhos Livres eleito pelo Júri Jovem, e “Pitanga”, de Camila Pitanga e Beto Brant, foi escolhido o melhor longa pelo júri popular.

Vencedor do prêmio mais importante do evento, “Baronesa” retrata como uma guerra entre traficantes na Zona Norte de Belo Horizonte faz com que Andreia queira sair da comunidade onde mora e que ajudou a construir para se tornar a dona de sua própria vida.

Sob o tema “Cinema em reação, cinema em reinvenção”, que aborda a efervescência social e política ao longo de 2016, a Mostra de Cinema de Tiradentes começou no dia 20 de janeiro com a entrega do Troféu Barroco em homenagem às atrizes Helena Ignez e Leandra Leal, que dirigiu o documentário “Divinas Divas”, exibido na sessão de inauguração.

O filme, que marca a estreia de Leandra como diretora, celebra ícones da primeira geração de artistas travestis no Brasil dos anos 1960 e um dos primeiros palcos a abrigar homens vestidos de mulher, o Teatro Rival, no Rio de Janeiro.

A mostra teve nove dias de intensa programação e uma pluralidade de conteúdos, com 108 filmes de 13 Estados brasileiros em pré-estreias nacionais e mundiais (34 longas-metragens, dois médias e 72 curtas), distribuídos em 57 sessões gratuitas.

A Mostra de Tiradentes também contou com seminários, debates, oficinas, lançamentos de livros, exposições e shows. Ao longo do evento, os mais de 35 mil visitantes também puderam ter contato direto com profissionais nacionais e internacionais, pesquisadores e acadêmicos, jornalistas, pesquisadores, intelectuais, realizadores, produtores e curadores.

Uma das principais atrações foi a Mostra Aurora, que completa dez anos nesta edição e é dedicada à exibição de filmes inéditos de realizadores com até três longas na carreira. Além disso, Tiradentes também abriu espaço para o público infanto-juvenil com a Mostrinha e a Mostra Jovem.

Já no último dia de evento, a sessão de encerramento, exibida antes da cerimônia de premiação, trouxe o filme mineiro “A Cidade Onde Envelheço”, de Marília Rocha.

O filme conta a história de Francisca, uma jovem portuguesa que vive há um ano no Brasil e recebe a visita de Teresa, uma amiga com a qual havia perdido contato e com quem passa a ter uma profunda relação.

da Agência EFE