O Oscar 2020 teve um feito histórico: com a vitória de Joaquin Phoenix em Melhor Ator, o Coringa juntou-se ao Don Vito Corleone como os únicos personagens a terem rendido prêmios para diferentes atores. Na saga comandada por Francis Ford Coppola na década de 1970, Marlon Brando ganhou Melhor Ator no longa original (1973), enquanto Robert De Niro venceu fazendo a versão mais jovem do maior mafioso da história do cinema (1975). Já o antagonista do Batman rendeu uma estatueta póstuma para Heath Ledger, por “O Cavaleiro das Trevas” (2009), e, agora para Phoenix (2020).
Em comum, Don Vito Corleone e Coringa simbolizam dois dos grandes anti-heróis da história do cinema e da cultura pop. Segundo artigo publicado no blog da Betway Cassino, são figuras muito longe do ideal ético e moral da nossa sociedade, mas, que devido aos seus conflitos, complexidades e possibilidade de terem atitudes às quais nunca iremos (ou devemos) fazer, acabam ganhando a admiração do público.
É como se a plateia criasse um acordo com aquela figura: dentro daquele tempo-espaço da narrativa fílmica e do ambiente da sala de cinema, local da suspensão da realidade, tais atos fossem toleráveis em prol do entretimento e/ou diversão.
Sendo assim, o fascínio pelos anti-heróis está presente nos cinemas desde seus primórdios seja pelos assaltantes do clássico “O Grande Roubo do Trem” (1903) passando pelos faroestes iniciais até chegar à primeira versão de “Scarface – A Vergonha de uma Nação”, de 1932. O sucesso comercial e de crítica da obra-prima de Howard Hawks permitiu com que Hollywood explorasse este filão ainda mais.
Anti-heróis dos mais variados tipos surgiram no cinema americano: dos mais perturbados pelos problemas sociais como Alex DeLarge (“Laranja Mecânica”), William “D-Fens” Foster (“Um Dia de Fúria”), Tyler Durden (“Clube da Luta”) e Travis Bickle (“Taxi Driver”); os agentes da lei de moral duvidosa como Harry Callahan (“Perseguidor Implacável”) e Jimmy ‘Popeye’ Doyle (“Operação França”); os psicopatas Hannibal Lecter (“O Silêncio dos Inocentes”) e Patrick Bateman (“Psicopata Americano”); os vingativos Max Rockatansky (da série “Mad Max”) e A Noiva (“Kill Bill Vol 1 e 2”); até os excêntricos Jack Sparrow (“Piratas do Caribe”), Loki (Universo Marvel) e Deadpool (“Deadpool 1 e 2”).
O cinema brasileiro também se aproveitou dos anti-heróis para criar personagens icônicos, principalmente, Zé Pequeno, de “Cidade de Deus”, e Capitão Nascimento, de “Tropa de Elite”. A televisão americana entrou na onda deste tipo de personagens em sua Era de Ouro ao consagrar Tony Soprano (“Os Sopranos”), Don Draper (“Mad Men”), Gregory House (“House M.D”) e Walter White (“Breaking Bad”).
Pensando em revelar mais detalhes deste universo de personagens assustadores e fascinantes, o infográfico produzido pelo site de roleta online Betway, mostra as características dos cinco anti-heróis mais conhecidos do mundo do cinema e cria um ranking levando em consideração os seguintes fatores: crueldade, empatia e nível de moralidade.