O pedido de falência do estúdio Weinstein Company não protege o ex-presidente de seu conselho Harvey Weinstein, que foi acusado de assédio e agressão sexual, disse um advogado da empresa à juíza Mary Walrath, do Tribunal de Falências dos Estados Unidos.
“Não estamos aqui para proteger Harvey Weinstein”, disse Paul Zumbro, , na terça-feira. “O pedido de falência (da Weinstein Company) não afeta de maneira nenhuma o direito de ninguém de buscar ações civis e criminais contra Harvey Weinstein”.
A Weinstein Company pediu falência no final da segunda-feira, depois de passar meses procurando um comprador ou investidor. A empresa de ações texana Lantern Capital concordou em livrar o estúdio da bancarrota comprando-o por 310 milhões de dólares, estabelecendo um piso para outros interessados em um leilão que será supervisionado por um tribunal e agendado para o segundo semestre.
A falência deterá as ações civis das vítimas contra a empresa, e qualquer alegação de má conduta sexual provavelmente só renderá indenizações depois que outros credores segurados forem pagos integralmente.
Uma proposta feita e depois cancelada por Maria Contreras-Sweet, ex-secretária do governo do ex-presidente norte-americano Barack Obama, incluiria um fundo de indenização de 80 milhões a 90 milhões de dólares que suplementaria qualquer pagamento de seguro que as vítimas recebessem.
Como parte do pedido de falência, a Weinstein Company disse ter liberado qualquer um “que tenha sofrido ou testemunhado qualquer forma de má conduta sexual de Harvey Weinstein” de acordos de sigilo.
A Weinstein Company, que conquistou 28 Oscars, possui uma biblioteca de filmes com 277 títulos que geraram mais de 2 bilhões de dólares em bilheterias no mundo todo.
da Agência Reuters