O mestre da comédia americana, Mel Brooks, partiu para cima do politicamente correto. Em entrevista à BBC Radio 4, o cineasta afirmou que a cultura ‘estúpida do politicamente correto’ impediria que o clássico “Banzé no Oeste” fosse feito hoje em dia. As informações são do site da Variety.

Perguntado sobre quais filmes da carreira sofreriam com os dias atuais, Mel Brooks foi direto. “Não, não, eu digo talvez “O Jovem Frankenstein”. Talvez um pouco. Mas, nunca “Banzé no Oeste” devido à estupidez do politicamente correto que está levando à morte da comédia. Concordo em não ferir, agredir várias minorias e grupos. Entretanto, isso não é bom para a comédia. A comédia precisa andar sempre em uma linha tênue, correr riscos. A comédia é o jumento cheio de luxúria sussurrando no ouvido do rei, sempre contando a verdade sobre o comportamento humano”, afirmou.

Mel Brooks, porém, falou sobre quais limites a comédia dele jamais brincaria. “Pessoalmente, eu nunca abordaria a câmara de gás ou a morte de crianças judias nas mãos dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Todo o resto, ok”, afirmou. Vale lembrar que o cineasta é judeu.

“Banzé no Oeste” mostra uma cidade prestes a ser atravessada por uma estrada de ferro. É quando especulador contrata quadrilha para expulsar seus moradores, nomeando um xerife desmiolado para contê-los, sem saber que tudo não passa de uma farsa. Gene Wilder, Cleavon Little e o próprio Mel Brooks integram o elenco da comédia de 1974.